Além de São Paulo

Incêndios são causa de baixa umidade do ar em Brasília e Minas Gerais

Inmet emitiu alerta laranja de perigo para baixa umidade do ar; MG soma quase 6 mil incêndios em vegetação e Floresta Nacional de Brasília enfrenta fogo em grandes proporções

Da Redação, com Agências 

Chamas tomam conta da Floresta Nacional de Brasília, em Brasília / Foto: Ueslei Marcelino – Reuters

Em meio à estiagem, calor e tempo seco, os chamados para o Corpo de Bombeiros dispararam em Minas Gerais entre o mês de agosto e o começo de setembro, principalmente na capital mineira. Em agosto, somaram-se 5.935 incêndios em vegetação, número que representa um aumento de 79,9% em relação ao mês de julho. Com a virada do mês, o drama ainda se alastra em várias regiões do estado. 

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em todo o estado de Minas Gerais, a previsão é de temperaturas elevadas e índices de baixa umidade durante o mês de setembro. De acordo com os dados do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), houve pelo menos 424 acionamentos em todo o território mineiro, das 17h da última segunda-feira, 2, até as 17h de terça, 3. 

O Inmet emitiu alerta laranja de perigo para baixa umidade do ar (variando entre 12% e 20%) em 16 estados, incluindo Minas Gerais, Distrito Federal e também São Paulo. 

Na capital do país – Brasília, um incêndio de grandes proporções na Floresta Nacional de Brasília, iniciado na terça, 3, envolveu a cidade em nuvens de fumaça branco-acinzentada. O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros entre a noite desta quarta-feira, 4, e a madrugada desta quinta-feira, 5. O incêndio começou no auge da estação seca, quando a vegetação está ressecada e as temperaturas altas permitem que as chamas se espalhem rapidamente. Os bombeiros continuam no local para monitorar e evitar o surgimento de novos focos de incêndio.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a área, o incêndio atingiu uma área total de 2.176 hectares. A Floresta Nacional de Brasília faz parte da Flona, uma das unidades de conservação responsáveis pela sobrevivência das nascentes que irrigam a maior represa do Distrito Federal, e é administrada pelo ICMBio. 

Incêndios florestais em BH

Na última terça-feira, 3, os bombeiros realizaram combates contra incêndio em diversos locais. No Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, os militares já estão no segundo dia consecutivo de trabalhos. No Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, Grande BH, as chamas altas provocaram o segundo dia de operações, uma vez que a equipe solicitou reforço. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o local é de difícil acesso para a realização do combate e o terreno coloca em risco a integridade física da guarnição. 

O fogo também atingiu uma área de pastagem e uma plantação de eucalipto, ambas particulares, na Apa Rio Machado, na zona rural de Poço Fundo, Sul de Minas. Três bombeiros e um caminhão-pipa foram enviados para o local. Já na Apa Estadual Cocha Gibão, o incêndio consome o Parque Nacional Sertão Veredas, no Norte de Minas. Segundo a administração da APA, o fogo teve início na Bahia e avançou para Minas Gerais.  

Dados de queimadas monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que Minas Gerais tem maior número de focos em 13 anos. Até o último domingo, primeiro de setembro, Minas ocupava a 8ª posição entre as unidades da federação com mais registros, com 5.673 incêndios em vegetação detectados por satélite, representando a pior marca do estado para o período desde 2011. 

No primeiro dia deste mês, o Inpe registrou 446 focos em 24 horas, número alarmante em comparação aos 33 de 1º de setembro de 2023.  

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