Papa Francisco recebeu hoje uma delegação de monges budistas de Taiwan que realiza uma peregrinação educativa inter-religiosa
Da Redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira, 16, uma delegação de monges budistas de Taiwan, representante do Budismo Humanista.
Em seu discurso, o Pontífice lembrou o Venerável Mestre Hsing Yun, patriarca fundador do Mosteiro Fo Guang Shan, falecido em fevereiro passado. Ele é conhecido mundialmente por sua contribuição ao Budismo Humanista e foi um mestre da hospitalidade inter-religiosa.
Segundo o Papa, esta visita, é uma oportunidade privilegiada para promover a cultura do encontro, “De fato, ao vivenciarmos os outros em sua diversidade, somos encorajados a sair de nós mesmos e a aceitar e abraçar nossas diferenças”.
Francisco destacou ainda que uma peregrinação educativa inter-religiosa pode ser fonte de grande enriquecimento. “A cultura do encontro constrói pontes e abre janelas para os valores e princípios sagrados que inspiram os outros. Derruba os muros que dividem as pessoas e as mantêm prisioneiras de preconceito, exclusão ou indiferença.”
Oásis de encontro
Em outro ponto do discurso, o Papa disse que, ao longo da história, os fiéis criaram templos e espaços sagrados como oásis de encontro. Neles, homens e mulheres podem encontrar a inspiração necessária para viver bem e com sabedoria e, desta forma, contribuem para uma educação integral da pessoa humana.
Esses oásis de encontro, segundo Francisco, são ainda mais necessários nos tempos atuais, com a aceleração contínua das mudanças na humanidade e no planeta. Uma realidade que se repercute também na vida e na cultura religiosa e exige uma adequada formação e educação dos jovens.
“Aqui é importante notar mais uma vez que «as religiões sempre tiveram uma relação estreita com a educação, acompanhando as atividades religiosas com as educacionais, escolares e acadêmicas. Como no passado, também hoje, com a sabedoria e a humanidade de nossas tradições religiosas, queremos ser estímulo para uma renovada ação educativa que faça crescer no mundo a fraternidade universal»”.
Por fim, o Papa deseja que essa peregrinação leve os monges budistas de Taiwan, guiados pelo pensamento de seu mestre espiritual Buda, a um encontro mais profundo consigo mesmos e com os outros, com a tradição cristã e com a beleza da terra, Casa comum. “Que a sua visita a Roma seja repleta de momentos de encontro autêntico, que se tornem ocasiões preciosas de crescimento no conhecimento, na sabedoria, no diálogo e na compreensão”.