Os onze bispos brasileiros estão em Roma por ocasião do curso anual para a formação de novos bispos
Da Redação, com informações do Vatican News
Na manhã desta quinta-feira, 8, no Vaticano, 155 bispos de vários países – dentre eles, onze do Brasil – nomeados há pouco tempo, foram recebidos em audiência pelo Papa Francisco. O encontro com Francisco fez parte do encerramento do curso de formação promovido pelo Dicastério para os Bispos que começou no dia 1º de setembro, em Roma, e refletiu sobre o tema “Anunciar o Evangelho em uma época de mudança e após a pandemia: o serviço dos bispos”.
Após missa na Basílica de São Pedro, a Audiência com o Papa ganhou um tom de informalidade, na Sala Clementina, no Vaticano, que se transformou num grande círculo de conversas entre os novos bispos e o Papa Francisco.
Bispos do Brasil
Os bispos brasileiros foram Dom Angelo Ademir Mezzari (auxiliar de São Paulo); Dom Adimir Mazzalli (de Erechim/RS);Dom Célio Calixto (auxiliar do Rio de Janeiro); Dom Roberto José da Silva (de Janaúba/MG); Dom Dilmo Campos (auxiliar de Anápolis/GO); Dom Lindomar Rocha Mota (de São Luiz de Montes Belos/GO); Dom Giovani Carlos Caldas Barroca (de Uruaçu/GO); Dom Jeová Elias Ferreira (de Goiás/Go); Dom Geraldo (de Bonfim/BA); Dom Valentim Fagundes de Meneses (de Balsas/MA); Dom Jesús María López Mauleón (bispo prelado do Alto Xingú-Tucumã).
Segundo Dom Roberto José da Silva, de Janaúba (MG), o encontro com o Papa Francisco foi muito rico e importante pela proximidade com aquele que é o Pastor. O Papa chamou atenção para quatro proximidades que o bispo não pode perder de vista, que é com Deus, com os bispos – vivendo a colegialidade – com os padres, que é uma experiência de fraternidade – e com o povo de Deus para que não se perca de vista o lugar de onde se vem para que se possa ter o cheiro das ovelhas.
Curso para bispos
Nesta semana intensa de curso, ao longo dos dias de trabalho, os bispos se debruçaram sobre diversos temas, como o sentido e os horizontes de uma Igreja sinodal, educação da liderança sinodal, gestão de crises, com atenção especial ao abuso, a Igreja na sociedade pós-moderna após a pandemia, experiência canônica para a administração de uma diocese, o mundo da mídia para além do paradigma tecnocrático e as duas prioridades indicadas pelo Papa no caminho da Igreja: a família e a fraternidade universal e a santidade episcopal na comunhão católica.
Para Dom Angelo Ademir Mezzari, bispo auxiliar de São Paulo, o objetivo do curso de atualização e da acolhida dos novos bispos tem por objetivo mostrar e fazer ver a experiência da colegialidade episcopal e da colegialidade reunida em torno de Cristo e como Igreja. Esse curso teve como base praticamente esse eixo fundamental da sinodalidade.
Por conta da pandemia, nos dois últimos anos não foi possível realizar o curso e por isso, em 2022, ele será realizado em duas sessões. A primeira foi esta que se encerrou hoje, e a segunda será de de 12 a 19 de setembro, onde são esperados cerca de 170 prelados.