Seremos uma Igreja cada vez mais fiel quando continuarmos confiando na força do Ressuscitado, respondendo com a força da nossa missão, afirmou o secretário geral da CNBB
Ronnaldh Oliveira
Da redação
Dom Joel Portella exorta a importância de sermos Luz de Cristo na vida das pessoas. – Foto: Reprodução Youtube
“Em torno do círio pascal, somos convidados a comprometermo-nos cada vez mais – contemplar, acolher, ser e irradiar essa luz para todos, neste mundo complexo que vivemos”. Esta é a exortação do secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella, na homilia da Missa que iniciou o quarto dia da 59ª Assembleia Geral da entidade. A celebração foi na capela da sede da CNBB, em Brasília.
Na multiplicidade de perguntas a partir das reflexões abordadas sobre o mal em toda essa semana, o bispo perguntou: “O que fazer diante das trevas? Por que afinal de contas proclamamos que Deus é luz, venceu as trevas, ressuscitou e quando olhamos para a realidade, acabamos verificando sinais de morte?”.
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“Olhando para as dificuldades, perseguições e contratestemunhos evidentes, a Igreja permanece firme, justamente porque também aconteceram muitas coisas boas, muitos testemunhos, frutos de santidade. Isso prevalece”, enfatiza Dom Joel.
Os três ensinamentos do Evangelho
Na presença de representantes das novas comunidades, em Brasília, Dom Joel ainda elencou três ensinamentos das leituras propostas pelo Evangelho de hoje. “Afastemos de nós qualquer tipo de pensamento que coloque nas costas de Deus o que é ruim – as guerras, as destruições, os pecados, as tristezas… O mal não vem de Deus! Se as dificuldades são grandes, maior ainda é o amor de Deus”.
Como segundo ensinamento, falou da liberdade do Evangelho. “As trevas existem e podem nos acorrentar. Escolher o Evangelho é sem sombra de dúvidas um ato de liberdade. Ninguém vai ao céu acorrentado. Vamos para o céu e mergulhamos no encontro com o ressuscitado em um grande ato de liberdade.
Por fim, exortou a não deixar que o mal tome conta dos corações. “Não paguemos com a mesma moeda. Nossa vocação não é pensada em nós mesmos! Seremos uma Igreja cada vez mais fiel quando continuarmos confiando na força do Ressuscitado, respondendo com a força da nossa missão!”
Nas considerações finais, o bispo acrescentou que a Igreja não vive para si, preocupada com os próprios benefícios, com o que pode lucrar. “Hoje mais do que nunca ela não pode ser autoreferencial”.
O Quarto dia de trabalho
O quarto dia de trabalhos da 59ª AG da CNBB será marcado no período da manhã pelo momento de diálogo, por parte dos membros da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, a respeito da instituição do ministério de catequista, pelo Papa Francisco. O momento será dedicado a elucidar os critérios de formação para a instituição e formação do catequista – que será instituído ministro – e também a esclarecer o rito litúrgico.
Após o primeiro momento proposto, voltarão o olhar para a proposta da celebração dos 15 anos da Conferência de Aparecida no Brasil. A Presidência da CNBB irá apresentar as iniciativas que devem ser levadas adiante durante os próximos meses pelas Dioceses em todo o território nacional.
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Já no período vespertino, o assunto será voltado para segurança: a Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, será abordada no âmbito de sua aplicabilidade especialmente nas mitras e paróquias. Haverá, ainda, informes sobre as iniciativas de comemoração a respeito dos 70 anos da CNBB e informes gerais dos regionais da entidade.
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