IBGE

Taxa de desemprego cai para 11,2% em fevereiro segundo IBGE

Rendimento real habitual do trabalhador parou de cair, mas é o menor já registrado num trimestre encerrado em fevereiro. 

Da Redação, com IBGE e Agências

Indicadores da PNAD Contínua IBGE Brasil – 2012/2022 / Foto: Reprodução IBGE

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro, com a baixa na oferta de emprego, atingindo dessa forma 12 milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados nesta quinta-feira, 31. As informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD Contínua.

Embora no trimestre anterior tenha ocorrido recuo de 11,6% ( de setembro a novembro de 2021), a taxa se manteve estável frente à divulgação anterior, do trimestre que se encerrou em janeiro. Nesta ocasião, o número de desempregados foi estimado em 12 milhões. A taxa de desemprego chegou a 6,5%, segundo mínima histórica, registrada em 2014.

Mão de obra “desperdiçada”

A taxa composta de subutilização (23,5%) teve decréscimo de 1,5 ponto percentual frente ao trimestre de setembro a novembro (25%) e 5,7 pontos percentuais na comparação com o trimestre que se encerrou em fevereiro de 2021.
A chamada “mão de obra desperdiçada” (27, 3 milhões de pessoas no país) caiu 6,3% (menos 1,8 milhão) em relação ao trimestre anterior.

Em média 29 consultorias e instituições que foram ouvidas pelo Valor Data projetaram uma taxa de 11,4% no mês de fevereiro. Essas estimativas tinham variações de 11,3% até 11,8%. Sendo assim, o resultado de fevereiro veio melhor do que se esperava.

A retração da taxa de desemprego reflete a tendência de queda observada nos últimos trimestres, é o que diz a coordenadora de trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. “No trimestre encerrado em fevereiro, houve retração da população que buscava trabalho, o que já vinha acontecendo em trimestres anteriores. A diferença é que nesse trimestre não se observou um crescimento significativo da população ocupada”, avaliou.

Rendimento e ocupação

95,2 milhões é o número estimado para os ocupados. Esse dado permaneceu estável frente ao trimestre anterior. Dessa forma, também houve estabilidade no nível da ocupação, o percentual de pessoas que possuíam idade de trabalhar, e estavam efetivamente ocupadas na semana de referência da pesquisa foi de 55,2%.

O rendimento real habitual foi calculado em R$2.511, apresentando estabilidade em relação ao trimestre anterior. Porém este rendimento é o menor já registrado em um trimestre encerrado em fevereiro desde 2012, (início da série histórica da pesquisa). Nos trimestres anteriores, o rendimento médio estava em queda. Segundo a pesquisa, a estabilidade desse trimestre pode estar relacionada à diminuição no número de trabalhadores informais, que têm menores rendimentos, e ao aumento de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo