Confrontos deixam sete pessoas mortas e 140 feridos
Da redação, com Reuters
Os militares do Sudão tomaram o poder de um governo de transição nesta segunda-feira, 25. Um funcionário do ministério da saúde disse que sete pessoas foram mortas a tiros e 140 ficaram feridas em confrontos entre soldados e manifestantes de rua.
As potências globais condenaram o golpe militar no Sudão e apelaram às forças de segurança para libertar aqueles que foram detidos ilegalmente. O Departamento de Estado dos EUA divulgou um comunicado conjunto assinado pelo Reino Unido e pela Noruega.
O Sudão vive uma tensão desde uma conspiração de golpe fracassada há apenas um mês. Grupos militares e civis dividem o poder após a queda do líder autocrata Omar al-Bashir há dois anos.
Os militares deveriam entregar o poder a quem fosse eleito nos próximos meses. Porém, ontem, o líder do golpe, general Abdel Fattah Al-Burhan, dissolveu o Conselho Soberano, declarou estado de emergência e prometeu entregar o poder a um corpo eleito em 2023.
“Estamos enfatizando aqui que as forças armadas pretendem completar a transição democrática, até que a liderança do país seja entregue a um governo civil eleito que possa dar vida a essas questões.”
O ministério da informação do Sudão disse no Facebook que a constituição de transição apenas permite que o primeiro-ministro deposto, Abdalla Hamdok, declare estado de emergência e qualificou as ações dos militares de crime. O ministério afirma que Hamdok foi detido em local não revelado após se recusar a apoiar a aquisição.
As tropas também prenderam civis do Conselho Soberano, funcionários do governo e o diretor de notícias da TV estatal, segundo sua família. Diplomatas disseram que o Conselho de Segurança da ONU provavelmente discutirá o Sudão a portas fechadas nesta terça-feira, 26.