Segundo os especialistas da entidade, diante do atual cenário é difícil que o vírus seja erradicado
Da redação, com Reuters
Nesta sexta-feira, 10, durante uma coletiva de imprensa em Genebra, sede da Organização Mundial de Saúde (OMS), os especialistas foram taxativos: o novo coronavírus não vai desaparecer tão cedo. “No atual cenário, é pouco provável que o vírus seja erradicado”, afirmou Mike Ryan, epidemiologista e chefe do programa de emergências da OMS.
O especialista disse ainda que, ao extinguir grupos de infecção, o mundo poderia “potencialmente evitar o pior de uma segunda onda [da doença] e ter que recuar em termos de isolamento social”.
Falando ao lado de Ryan, a líder técnica da pandemia de Covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, disse que a transmissão aérea do novo coronavírus sempre foi uma preocupação, mas que as gotículas pareciam ser a via de infecção mais comum.
A OMS divulgou novas diretrizes e regras acerca da transmissão do coronavírus nesta quinta-feira, 9, nas quais reconheceu alguns relatos de transmissão aérea, uma rota que não pode ser bloqueada pelo distanciamento social, atualmente a maneira difundida mundo afora para se evitar o contágio pela doença. A OMS, porém, não confirma esta forma de contágio.
Os casos do novo coronavírus ultrapassaram os 12 milhões na quarta-feira, 8, de acordo com um relatório elaborado pela Reuters, fazendo deste número outro marco histórico na disseminação da doença que já matou mais de 555 mil pessoas em sete meses. No Brasil, segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 70 mil pessoas morreram por conta da pandemia e outras 1,8 milhão foram infectadas.