Em telefonema surpresa, Francisco lembrou também de Emanuele, menino que perguntou ao Papa se seu pai estava no céu, mesmo sendo ateu
Vatican News
“Quando o Papa veio em visita pastoral à nossa paróquia, eu lhe disse que fazíamos transmissões via streaming para estar perto de todos e lhe pedi uma bênção. Mas nunca esperei um telefonema dele na última transmissão, antes das férias de verão, como aconteceu ontem à noite!”. É o que conta padre Roberto Cassano, pároco de São Paulo da Cruz, paróquia situada no centro de Corviale, em Roma. Um bairro difícil, marcado pelo conhecido “Serpentone”, uma aglomeração de edifícios onde residem idosos, migrantes, famílias com problemas sociais. Na tarde desta quarta-feira, 1º, o carinho do Papa Francisco chegou a eles através de um telefonema ao pároco.
Encontro do Papa em 2018 com o menino Emanuele/ Foto: Reprodução – Vatican Media
Padre Roberto relata: “O meu telefone tocou e eu respondi. Reconheci, imediatamente, a voz do Papa!”. Naquele momento, o sacerdote tentou fazer com que todos os paroquianos conectados ouvissem o telefonema. “Foi emocionante para todos nós saber que o Santo Padre ainda se lembra da visita que nos fez, que reza por nós, que não se esqueceu de Emanuele, aquele menino que tinha perdido o pai recentemente, e que entre lágrimas lhe perguntou se seu pai estava no céu, mesmo não tendo o dom da fé, e que ele o abraçou e consolou. Por isso, não é visto como uma pessoa distante, mas como um pai que realmente veio para estar perto das pessoas em dificuldade”, disse.
O Papa pediu no telefonema para não deixar sozinhos especialmente os mais vulneráveis como os idosos. “A nossa é uma realidade muito particular, com muitos problemas”, explicou padre Roberto. “Nós, como paróquia, procuramos estar o mais próximo possível dos idosos sozinhos. Durante o isolamento, muitas vezes, telefonamos para eles, para entender como estavam e se precisavam de alguma coisa. Procuramos nunca deixar faltar o Sacramento da Eucaristia para aqueles que nos pediam. Através das redes sociais, transmitimos a missa, e com as nossas transmissões tentamos fazer companhia às pessoas”, frisou. Uma coisa que marcou muito o sacerdote neste telefonema foi o pedido do Papa para rezar por ele. “Ele nos pediu várias vezes. Por isso decidimos, junto com os outros sacerdotes, convidar todos os nossos paroquianos a se comprometerem, todos os dias, a fazer uma oração ao Senhor pelo nosso amado Papa, para que Ele o sustente em suas dificuldades e o proteja”, concluiu.
