“Os discípulos de Cristo não podem permanecer escravos de medos e angústias; pelo contrário, são chamados a viver a história, a deter a força destruidora do mal”, exorta o Papa
Da Redação, com Vatican News
O Papa Francisco rezou a oração do Angelus com os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro, neste domingo, 17. O Pontífice falou sobre o Evangelho do penúltimo domingo do ano litúrgico, na versão proposta por São Lucas. Diante do templo de Jerusalém, Jesus profetiza que não ficará “pedra sobre pedra, tudo será destruído”.
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O Papa explica que a destruição do templo predita por Jesus não é tanto uma figura do fim da história como do final da história. Ele recorda que Jesus usa duas imagens aparentemente contrastantes: a primeira é uma série de eventos assustadores, como catástrofes, guerras, carestias, tumultos e perseguições com traumas que “ferem a criação, a nossa casa comum, e também a família humana que nela vive, e a própria comunidade cristã”.
Enquanto que a segunda, está contida na certeza de Jesus que “nos diz sobre o comportamento que o cristão deve tomar ao viver esta história, caracterizada pela violência e pela adversidade”.
Francisco afirma ser a atitude de esperança em Deus que torna possível não se deixar dominar pelos trágicos eventos. “Os discípulos de Cristo não podem permanecer escravos de medos e angústias; pelo contrário, são chamados a viver a história, a deter a força destruidora do mal com a certeza de que a acompanhar a sua ação do bem está sempre a providencial e tranquilizadora ternura do Senhor”.
E o Papa recorda: “Tudo o que ocorre é conservado n’Ele; a nossa vida não pode ser perdida porque está em suas mãos”.
Testemunhas da Esperança
“O Senhor nos chama a colaborar na construção da história, tornando-nos, junto com Ele, agentes de paz e testemunhas de esperança num futuro de salvação e ressurreição”, afirma o Papa.
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Francisco recorda ainda que a “fé nos faz caminhar com Jesus pelos caminhos deste mundo”, e que “o Espírito irá dobrar as forças do mal, submetendo-as ao poder do amor de Deus”.
Ele apresenta o exemplo dos mártires cristãos do nosso tempo que, apesar das perseguições, são homens e mulheres de paz. “Ele nos entregam uma herança a ser conservada e imitada: o Evangelho do amor e da misericórdia”.
E este confirma o Papa “é o tesouro mais precioso que nos foi dado e o testemunho mais eficaz que podemos dar aos nossos contemporâneos, respondendo ao ódio com o amor, à ofensa com o perdão”.