Reunião discutirá situação atual e auxílio prestado diante da crise humanitária considerada uma das mais grave das últimas décadas
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Estudante caminha ao longo de uma rua danificada na cidade de Kafr Batna, no leste de Ghouta, Síria. Foto de 5 de setembro de 2018 / Foto: REUTERS / Omar Sanadiki
A crise humanitária na Síria e no Iraque será o tema em evidência de uma reunião em Roma nos próximos dias 13 e 14. O encontro é promovido pelo órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
A proposta da reunião é ser um momento de reflexão e comunhão fraterna entre todas as instituições eclesiais envolvidas nas obras de caridade e assistência em favor das populações atingidas por esta crise humanitária, considerada uma das mais graves das últimas décadas. Além disso, busca-se fazer um balanço do trabalho desenvolvido até o momento por organismos caritativos católicos bem como discutir as prioridades para o futuro e analisar a situação das comunidades cristãs residentes nesses países.
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A reunião será no Auditório João Paulo II da Pontifícia Universidade Urbaniana e contará com a participação de mais de 50 organismos de caridade católicos, representantes dos episcopados locais e das instituições eclesiais e congregações religiosas que trabalham na Síria, no Iraque e países vizinhos. Também participarão os núncios apostólicos na Síria, Iraque, Líbano e Turquia.
Em comunicado emitido hoje, o órgão vaticano lembra que o Santo Padre já chamou a atenção da opinião pública para esta crise diversas vezes. Também recorda que a Santa Sé, além das atividades diplomáticas, participa ativamente dos programas de ajuda e assistência humanitária.
Segundo fontes da ONU, atualmente são mais de 13 milhões de pessoas que precisam de ajuda na Síria e quase nove milhões no Iraque. Os deslocados internos passam de seis milhões na Síria e de dois milhões no Iraque, enquanto 5,6 milhões são refugiados sírios registrados nos países vizinhos, como Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito.
A reunião nos próximos dias terá a apresentação de um relatório preparado pelo referido órgão vaticano a respeito da resposta das instituições eclesiais à crise em questão no período de 2017 a 2018. Também serão atualizados dados sobre a situação política e humanitária nos locais. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, falará, em especial, sobre os desafios e as perspectivas da situação migratória atual na área de crise.
O segundo dia de reunião, 14 de setembro, será dedicado à reflexão em grupos de trabalho para discutir aspectos concretos da colaboração entre os diversos sujeitos empenhados na resposta à crise. Ainda para este dia, está prevista uma audiência com o Santo Padre, no Palácio Apostólico.
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