Nesse tempo pascal, Santo Padre segue no ciclo de reflexões sobre o Batismo
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
A catequese desta quarta-feira, 2, com o Papa Francisco, foi dedicada aos ritos centrais do Batismo. O Santo Padre segue em um ciclo de reflexões sobre o sacramento nesse tempo pascal vivido pela Igreja.
O primeiro elemento citado pelo Santo Padre foi a água, sobre a qual é invocado o poder do Espírito para que se tenha a força para renovar e regenerar. Francisco ressaltou, porém, que o poder de perdoar os pecados não está na água em si: a eficácia é do Espírito Santo.
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Uma vez santificada a água da fonte, chega o momento de preparar o coração para receber o Batismo, o que acontece com a renúncia a Satanás e a profissão de fé, explicou o Papa. “À medida em que digo ‘não’ às sugestões do diabo – aquele que divide – sou capaz de dizer ‘sim’ a Deus que me chama a conformar-me a Ele nos pensamentos e nas obras. O diabo divide; Deus sempre une a comunidade”.
Francisco destacou ainda que esses dois atos – a renúncia a Satanás e a profissão de fé – estão estritamente relacionados. “Não é possível aderir a Cristo colocando condições. É preciso distanciar-se de certas ligações para realmente poder abraçar outras; ou estás bem com Deus ou estás bem com o diabo. Por isso a renúncia e o ato de fé vão juntos”.
O Papa observou que a resposta a essa pergunta – “renunciais a Satanás?” – é feita na primeira pessoa do singular, – “Renuncio”, do mesmo modo que é professada a fé da Igreja – “Creio”. “Eu renuncio e eu creio: esta é a base do Batismo. É uma escolha responsável, que exige ser traduzida em gestos concretos de confiança em Deus”.
“Queridos irmãos e irmãs, quando mergulhamos a mão na água benta – entrando em uma igreja tocamos a água benta – e fazemos o sinal da Cruz, pensemos com alegria e gratidão no Batismo que recebemos – esta água benta nos recorda o Batismo – e renovemos o nosso ‘Amém’ – ‘Sou feliz’ – para vivermos imersos no amor da Santíssima Trindade”, conclui o Pontífice.