Celebração eucarística de hoje foi presidida por Dom José Belisário da Silva
Jéssica Marçal
Da Redação
A Missa desta quinta-feira, 19, na 56ª Assembleia Geral da CNBB, recordou os 50 anos da realização da Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) em Medellín. Presidiu a celebração de hoje o arcebispo de São Luís do Maranhão (MA), Dom José Belisário da Silva, que é vice-presidente do Celam.
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.: Cobertura da 56ª Assembleia Geral da CNBB
Na homilia, Dom José Belisário apresentou dois pensamentos: o primeiro sobre a Palavra de Deus no dia de hoje e o segundo sobre a realidade do povo do Maranhão. Sobre a Palavra de Deus, o bispo comentou as leituras do dia, dando ênfase para a figura do diácono, tão importante para o anúncio da Palavra de Deus.
“Os diáconos foram escolhidos, instituídos, para servir a mesa, no entanto se tornam grandes anunciadores do Evangelho. A importância dos diáconos também na Igreja de hoje, dos diáconos permanentes, para o anúncio da Palavra”.
A partir do Evangelho de hoje, Dom Belisário destacou que Jesus é o ponto de referência indispensável para entender quem é Deus. “Ninguém jamais viu a Deus. Quem nos revelou Deus foi o Filho que está junto do Pai. Jesus é o pão descido do céu”.
O segundo pensamento de Dom Belisário foi dedicado à realidade do Maranhão, abordando um pouco de sua geografia e do seu povo. “A superfície do Maranhão é mais ou menos do tamanho da Alemanha (…). O Maranhão é constituído de solos recentes, como a Amazônia, pouca pedra, as bacias hidrográficas do Maranhão, que são muitas, são independentes”.
Sobre a história do Maranhão, o bispo mencionou a dualidade constante na qual, segundo análises, se defrontam duas racionalidades, dois modos de entender, como aquela do colonizador português e do jesuíta, do senhor e do escravo, do indígena e do não-indígena, do latifundiário e do sem-terra. “O resultado: o Maranhão está entre os últimos estados da federação, disputando com Alagoas, os piores indicadores de qualidade de vida”.
Dom Belisário também recordou na homilia o Dia do Índio, celebrado hoje, 19 de abril, atentando para o fato de que o Maranhão tem, proporcionalmente, grande população indígena. Ele também mencionou os 50 anos da Conferência de Medellín. “É preciso sempre voltar ao que de melhor nós temos na nossa história e Medellin é um desses momentos melhores”. Concluindo, recordou os 50 anos da diocese de Bacabal, também no estado do Maranhão e que integra, portanto, o Regional Nordeste V da CNBB.
“Dois pensamentos, portanto, para a nossa celebração: a Palavra de Deus e um pouquinho da nossa realidade maranhense. Que Deus nos ilumine e nos conduza sempre”, concluiu Dom Belisário.