Em homilia, Francisco frisou a imagem de Jesus Cristo, como fundamento, e do Espírito Santo, como custódia da Igreja
Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco celebrou na manhã desta quinta-feira, 9, a Missa na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. A homilia, dedicada ao aniversário de Consagração da Basílica de São João de Latrão celebrada hoje, foi inspirada nas leituras do dia, refletidas e sintetizadas pelo Santo Padre em três palavras: edificar, custodiar e purificar a Igreja.
Segundo o Pontífice, antes de qualquer ato, é preciso edificar a Igreja, e o fundamento dela é Jesus Cristo. “Ele é a pedra angular neste edifício. Sem Jesus Cristo, a Igreja não existe. Por quê? Porque não há fundamento. E se construímos uma igreja – pensemos numa igreja material – sem fundamento, o que acontece? Cai. Cai inteira. Se não há Jesus Cristo vivo na Igreja, ela cai (…) E nós, o que somos? Somos pedras vivas, não iguais, cada uma diferente, porque esta é a riqueza da Igreja. Cada um de nós constrói segundo o dom que Deus deu. Não podemos pensar numa Igreja uniforme: isso não é Igreja”, afirmou.
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Francisco fez um apelo aos cristãos para que custodiem a Igreja conscientes da premissa de que o Espírito de Deus habita em todos, reconhecendo e, principalmente, conhecendo a importância dele.
“Quantos cristãos hoje sabem quem é Jesus Cristo, sabem quem é o Pai – porque rezam o Pai Nosso? Mas quando você fala do Espírito Santo… ‘Sim, sim… ah, é a pomba, a pomba’ e para ali. Mas o Espírito Santo é a vida da Igreja, é a sua vida, é a minha vida”, recordou.
“Nós somos templo do Espírito Santo e devemos custodiar o Espírito Santo, a tal ponto que Paulo aconselha os cristãos ‘a não entristecê-lo’, isto é, não ter uma conduta contrária à harmonia que o Espírito Santo faz dentro de nós e na Igreja. Ele é a harmonia, ele faz a harmonia deste edifício”, suscitou o Papa.
Por fim, o Santo Padre falou sobre a purificação da Igreja, a partir da comunidade cristã. “Nós somos todos pecadores: todos. Todos. Se alguém de vocês não for, levante a mão, porque seria uma bela curiosidade. Todos somos pecadores. E por isso devemos purificar-nos continuamente. E purificar também a comunidade: a comunidade diocesana, a comunidade cristã, a comunidade universal da Igreja. Para fazê-la crescer”, finalizou.