França

Bispos franceses fazem votos que Macron faça um bom governo

Emmanuel Macron foi eleito no último domingo como presidente da França

Da redação, com Rádio Vaticano

O episcopado francês felicitou Emmanuel Macron – eleito no último domingo, 7, como novo Presidente da França – “na sua empenhativa missão a serviço da França em vista do bem comum”. Em entrevista à Rádio Vaticano, o Presidente da Conferência Episcopal francesa e Arcebispo de Marselha, Dom George Pontier falou sobre a eleição:

“Macron foi eleito com uma votação importante, visto os resultados. É necessário, certamente, fazer votos a ele de um bom governo, para o bem de nosso país, de outra forma, será uma catástrofe. As tensões, a busca de mudanças, as incertezas são tais, que é preciso um governo de sucesso. As eleições legislativas não estão, depois, tão distantes assim e delas sairá um novo Parlamento. Vivemos um momento de grandes incertezas, porque é um momento de grandes mudanças. É necessário reencontrar uma certa sabedoria e isto é certo! E depois, somos conscientes do fato de que não devemos colocar o nosso país em condições de se tornar ingovernável”.

Questionado sobre as prioridades para o presidente, em uma escala de valores, Dom Pontier afirmou:

“O desemprego, o desemprego, o desemprego. Lutar contra o desemprego, dar trabalho a todos, porque certamente é este o aspecto que é mais destrutivo para as pessoas, para as famílias, para as perspectivas, para os projetos, em particular no que diz respeito aos jovens que não veem um horizonte claro. É algo que destrói a confiança que agora é necessário reencontrar, mas a confiança poderá ser reencontrada por meio de ações que deem frutos, frutos, frutos, mas, sobretudo, para os mais fracos”.

Sobre o fato de Emmanuel Macron afirmar que trabalhará agora para unir os franceses, Dom Pontier lembrou o empenho que a Igreja deve ter para unir os católicos divididos:

“A luta pelas ideias muita vezes separa, enquanto a iniciativa na ação aproxima, e seguramente este é o caminho que devemos ter bem em mente. Mas, certamente, não nos maravilha que os católicos estejam divididos, porque os católicos estão em todos os estratos sociais, em todos os estratos culturais, e portanto, espelham a sociedade francesa, estão divididos mesmo se existem limites que não podemos superar se quisermos permanecer católicos, e isto são barreiras que nascem a partir do Evangelho, do respeito pelo homem, respeito pela vida, respeito pela acolhida, pela acolhida do estrangeiro, da justiça social, da busca pela paz. E tudo isto deve iniciar em nível europeu, inicia pelo fato de que seja esta Europa a oferecer a solidariedade aos outros países. Isto é claro”.

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