O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, o Padre Federico Lombardi, confirmou no passado Sábado que Bento XVI enviou uma carta para pedir a libertação dos 15 militares britânicos.
Comentando informações publicadas pelo jornal britânico "The Guardian", o porta-voz revelou que o Papa enviou uma carta ao aiatolá Ali Jamenei, na qual manifestava sua confiança "nos homens de boa vontade para que encontrem uma solução para a crise".
A carta foi entregue poucas horas antes da libertação dos militares britânicos, na quarta-feira passada, depois de 13 dias do rapto.
Bento XVI pediu ao principal guia espiritual iraniano para “fazer todo o possível para assegurar aos militares o retorno a casa a tempo de celebrar a Páscoa”.
O jornal britânico assinalou não ser possível avaliar o impacto da mensagem do Papa nesta crise, ainda que se veja uma referência na linguagem utilizada pelo presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, na conferência de imprensa de quarta-feira quando anunciou a libertação.
"Utilizou uma linguagem muito parecida à de Bento XVI, falando de perdão e de uma decisão tomada com ocasião da celebração do nascimento do grande profeta Maomé e da morte de Cristo", assinalou o diário britânico afirmando uma possível influência da carta papal.