João Batista, aquele que abriu o caminho para Jesus, foi o centro da homilia do Papa Francisco nesta manhã
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco voltou a falar de João Batista na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira, 16, que contou com a presença de religiosos, bispos, sacerdotes e casais que comemoram 50 anos de vida consagrada ou de vida matrimonial.
Na liturgia de hoje, João Batista é apresentado no Evangelho como a testemunha. “Esta é a sua vocação: testemunhar Jesus, indicar Jesus, como faz a lâmpada em relação à luz”, disse o Papa.
“Lâmpada que indica onde está a luz, que dá testemunho da luz. Ele era a voz. Ele diz de si mesmo: ‘Eu sou a voz que clama no deserto’. Ele era a voz, uma voz que dá testemunho da Palavra, indica a Palavra, o Verbo de Deus, a Palavra. Ele era o pregador da penitência que batizava, o batista, mas deixa claro: no meio de vocês existe alguém que vocês não conhecem, e que vem depois de mim. Eu não mereço nem sequer desamarrar a correia das sandálias dele. Ele os batizará no fogo e Espírito Santo”.
João é o “provisório que indica o definitivo” e o definitivo é Jesus, explicou Francisco. Esta era a sua grandeza demonstrada toda vez que o povo e os doutores da lei perguntavam a ele se era ou não o Messias, e ele claramente respondia: ‘Não sou’.
“Este testemunho provisório, mas seguro, forte, aquela chama que não se deixou apagar pelo vento da vaidade, aquela voz que não se deixou diminuir pela força do orgulho, se torna cada vez mais aquele que indica o outro e abre a porta a outro testemunho, ao do Pai, aquele que Jesus diz hoje: Eu tenho um testemunho superior ao de João, o testemunho do Pai. João o batista abre a porta a este testemunho e se ouve a voz do Pai que diz: ‘Este é o meu filho’. Foi João Batista quem abriu esta porta. João é grande, sempre fica de lado”.
O Santo Padre acrescentou que João é humilde, se diminui tomando o mesmo caminho que Jesus tomaria depois. E o fim de João Batista foi na escuridão de uma cela, no cárcere, decapitado por causa do capricho de uma bailarina, da inveja de uma adúltera e da fraqueza de um embriagado.
Por fim, Francisco se dirigiu aos fiéis presentes, religiosos, bispos e casais que celebram 50 anos de vida consagrada ou de matrimonial. “É um dia bonito para se interrogar sobre a própria vida cristã, se a própria vida cristã sempre abriu a estrada para Jesus, se a própria vida foi plena do gesto: indicar Jesus. Agradecer pelas muitas vezes que o fizeram, agradecer e recomeçar, depois de 50 anos, com essa velhice jovem ou juventude envelhecida, como o bom vinho! Dar um passo pra frente a fim de continuar sendo testemunhas de Jesus. Que João, grande testemunha, os ajude nesta nova estrada que hoje vocês começam depois da celebração do 50º aniversário de sacerdócio, vida consagrada e matrimônio”.