Segundo chefe da Cruz Vermelha, muitos dos retirados não conseguem se locomover e precisam de atenção e cuidados especiais
Da redação, com Reuters
A Cruz Vermelha informou nesta quinta-feira, 8, que cerca de 150 civis, a maioria incapacitados ou necessitados de cuidados médicos urgentes, foram retirados de um hospital da Cidade Velha de Aleppo de quarta para quinta-feira, na primeira grande retirada de pessoas do leste da cidade síria.
Os civis estavam retidos no local há dias devido aos combates nas imediações e à aproximação da frente de batalha. Onze paciente morreram por falta de remédios ou no fogo cruzado antes de equipes do CICV e do Crescente Vermelho Árabe da Síria conseguirem alcançá-los, disse a primeira entidade.
A chefe da delegação do CICV na Síria, Marianne Gasser, que está em Aleppo, disse, em um comunicado, que muitos dos retirados não conseguem se locomover e precisam de atenção e cuidados especiais.
Dos pacientes incapacitados, portadores de doenças mentais e feridos levados do hospital de Dar Al-Safaa, localizado na Cidade Velha, no final de quarta-feira, 118 foram encaminhados a três hospitais do oeste de Aleppo, que é controlado pelo governo.
Casos de traumas e emergências foram levados ao centro cirúrgico e hospital universitário de Al-Razi, disse a porta-voz do CICV, Krista Armstrong, à Reuters, e o hospital de Ibn Khaldoun acolheu os doentes mentais e os idosos, disse ela.
Outros 30 homens, mulheres e crianças foram encaminhados a abrigos também no oeste da cidade, disse o comunicado do CICV.
Devido à continuidade dos combates no leste de Aleppo, a situação humanitária é “reconhecidamente catastrófica”, segundo o CICV. A entidade pediu a todos os lados do conflito que permitam uma pausa humanitária para a entrega de suprimentos de ajuda no setor sitiado, que está inacessível desde abril.