Santo Padre definiu sua peregrinação como um grande dom para a Igreja
Da Redação, com Rádio Vaticano
Uma pequena pausa no ciclo de catequeses sobre os dons do Espírito Santo. Nesta quarta-feira, 28, Papa Francisco dedicou a audiência geral, com cerca de 70 mil fiéis, para falar de sua recente viagem à Terra Santa. “Um grande dom para a Igreja”, foi o termo usado pelo Santo Padre para definir sua viagem, a segunda internacional de seu pontificado.
O Santo Padre esteve na terra de Jesus de 24 a 26 de maio. Nesses três dias, ele visitou a Jordânia, a Palestina e Israel, tendo se encontrado com autoridades políticas e religiosas, a quem agradeceu pela cooperação.
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Hoje, na Praça São Pedro, ele recordou o motivo principal de sua viagem: celebrar os 50 anos do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras. Francisco destacou que, naquele lugar santo, sente-se a amargura e o sofrimento das divisões que ainda existem entre os cristãos.
“A divisão faz mal ao coração. Ainda estamos divididos? Naquele local onde Jesus nos dá a vida, nós ainda estamos um pouco divididos (…) Mais uma vez, como fizeram os Papas precedentes, eu peço perdão por aquilo que fizemos para favorecer essa divisão. E peço ao Espírito Santo que nos ajude a curar as feridas que nós fizemos aos outros irmãos”.
Outro objetivo da viagem foi encorajar, na região, o caminho rumo à paz. “A paz se faz artesanalmente. Não existem indústrias de paz. Ela é feita, todos os dias, artesanalmente, e também com o coração aberto para que venha o dom de Deus”, disse o Papa recordando o convite feito aos Presidentes de Israel e da Palestina, “homens de paz e artífices da paz”, a se dirigirem ao Vaticano para rezar.
Na Jordânia, Francisco se declarou “impressionado” com a generosidade da população, que acolhe milhares de refugiados em seu território, acolhe aqueles que fogem das guerras na região. “Que Deus abençoe este povo acolhedor!”, disse o Papa, pedindo que a comunidade internacional ajude o país nesse trabalho de acolhimento.
Francisco afirmou ainda que sua viagem foi também a ocasião para confirmar, na fé, as comunidades cristãs que tanto sofrem e expressar a gratidão de toda a Igreja pela presença deles naquela região e em todo o Oriente Médio. “Com essa visita, quis levar uma palavra de esperança, mas também eu a recebi; recebi-a de irmãos e irmãs que continuam a ‘esperar contra toda a esperança’ ”.
Com a multidão, o Papa rezou uma Ave-Maria pedindo a intercessão de Nossa Senhora para que dê a paz a todo o mundo e acompanhe a todos no caminho da unidade.