Francisco espera que a Europa seja uma única família de povos e que caiam os muros de separação
Da Redação, com Agência Ecclesia
O Papa Francisco incentivou nesta sexta-feira, 16, os bispos de todo o mundo, e suas respetivas comunidades, a um empenho efetivo no apoio a todas as pessoas que perderam, por várias causas, a orientação das suas vidas.
Salientando que a Igreja Católica deve ser para o mundo uma “mãe solícita” que vai ao encontro das feridas da humanidade, Francisco destaca a necessidade da Igreja “identificar estradas e percursos novos” de intervenção na sociedade.
A orientação dada por Francisco está em uma mensagem enviada aos participantes de um encontro sobre As Obras de Misericórdia, no contexto do Ano Jubilar, que o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) promove em Sarajevo, na Bósnia Herzegovina.
Francisco realça que continua a sonhar com um novo humanismo europeu, apesar de um contexto marcado por inúmeros desafios.
O Papa recorda os pobres, migrantes e refugiados, desempregados e as pessoas doentes no corpo e na alma.
“Neste caminho de humanização a Europa, berço dos direitos e das civilizações, a Igreja é chamada não tanto a defender espaços, mas a ser uma mãe que gera processos, portanto, fecunda, porque respeita a vida e oferece esperança de vida”.
O Papa conclui a sua mensagem mostrando a sua esperança em que a Europa possa afirmar-se como uma única família de povos e o desejo para que se construam pontes e se abatam os muros de separação.
Sobre o evento
O encontro em Sarajevo é coordenado pela Comissão Caritas in veritate do CCEE, presidida por Dom Giampaolo Crepaldi, arcebispo de Triste (Itália).
Entre outros organismos, o evento conta ainda com o contributo da Cáritas Europa, da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia, da Comissão Justiça e Paz da Europa, da Federação Europeia das Associações de Médicos Católicos, da Comissão Internacional Católica para as Migrações e a Federação Europeia dos Bancos Alimentares.