Após a renúncia de D. Stanislaw Wielgus como Arcebispo de Varsóvia, o Núncio Apostólico da Polônia, Jozef Kowalczyk, anunciou a aplicação de novos procedimentos para a eleição de bispos no país.
Numa entrevista à agência católica KAI, D. Kowalczyk, anunciou que, no futuro e para evitar situações similares às de D. Wielgus, “as atas da polícia e dos serviços secretos comunistas relacionadas com os candidatos a Bispos deverão ser estudadas”. “Tenho que dizer que nem a Universidade Católica de Lublim, em que Wielgus foi reitor durante dez anos, nem a diocese de Plock, da que foi ordinário durante outros sete anos, nos informaram de nada, nem sequer da existência das mais mínimas suspeitas”, assinalou o Núncio.
“Pedi que o arcebispo Wielgus me explicasse pessoalmente a sua situação. Ele escreveu um esclarecimento no qual informou sobre o procedimento que teve que cumprir para conseguir o passaporte para viajar à Alemanha. Só que não disse nem uma só palavra sobre seu consentimento em colaborar com a Polícia comunista", prosseguiu.
Os Bispos católicos da Polônia convocaram para o próximo dia 21 de Fevereiro uma jornada de oração e penitência para o clero, por causa das acusações de colaboracionismo com o regime comunista.