Além de líderes religiosos, são esperados políticos, representantes do mundo científico e da cultura, e agentes de paz
Da Redação, com Rádio Vaticano
Diante do quadro atual de conflito internacional, Frei Mauro Gambetti, responsável pela comunidade franciscana de Assis, na Itália, propõe um novo encontro de reflexão e oração pela paz entre os dias 18 e 20 de setembro. A ideia é reunir os líderes religiosos do mundo todo na cidade de Assis.
Em comunicado, Frei Mauro analisa que não se pode responder com silêncio o que está acontecendo. “A ‘terceira guerra mundial’ já está em marcha e a Europa, ferida no coração e desafiada insistentemente, não pode mais ficar à parte, permanecendo na janela a ver aquilo que acontece no Oriente Médio, na África e em outros países aparentemente distantes. Não pode sequer limitar-se a atualizar programas e convenções para acolhimento dos refugiados”.
A mensagem convergente das religiões
Para o líder da comunidade franciscana de Assis, chegou a hora de “governos e cidadãos tomarem uma posição: esconder-se como ratos ou dar as caras”. Frei Mauro sustenta que diante da violência, as religiões devem dar ao mundo uma mensagem convergente e que a política deve fazer o esforço de traçar uma rota rumo à justiça e à paz entre os povos, combinando cada projeto com a sustentabilidade ambiental.
O encontro pela paz em Assis vai acontecer 30 anos depois do primeiro evento do gênero. Frei Mauro cita João Paulo II que, em plena Guerra Fria, convocou os líderes mundiais das religiões para invocar a paz no mundo.
Para o diálogo inter-religioso deste ano, em Assis, com dois dias de debates e um dia de oração, são esperados líderes religiosos, como também políticos, representantes do mundo científico e da cultura, e agentes de paz.
““Juntos veremos quais são os princípios reconhecidos por todas as religiões para uma coexistência pacífica”, aponta Frei Mauro. Que deste encontro, conclui o franciscano, possam sair diretrizes para uma maior integração de culturas e que esse modelo possa ser levado a todo o mundo, à União Europeia e às Nações Unidas.