A celebração da beatificação dom Álvaro Del Portillo sucessor de Josemaria Escrivá à frente do Opus Dei, ocorreu neste sábado, 27
Da redação, com Agência Ecclesia
O Papa uniu-se à beatificação em Madrid de dom Álvaro del Portillo, celebrada neste sábado, 27, com uma mensagem onde destaca o amor que o antigo líder do Opus Dei demonstrou pela Igreja Católica e pelas pessoas.
Num texto dirigido ao atual responsável pelo Opus Dei, o bispo Javier Echevarría Rodríguez, Francisco refere que o novo beato sempre “serviu a Igreja com um coração despojado de interesses mundanos, longe da discórdia, acolhedor para com todos e procurando sempre o lado positivo nos outros, aquilo que une”.
Às dificuldades, dom Álvaro Del Portillo (1914-1994) “respondia sempre com a oração, o perdão, a compreensão, a caridade sincera”, realça o Papa.
A celebração da beatificação do bispo espanhol, sucessor de Josemaria Escrivá à frente do Opus Dei, ocorreu neste sábado, 27, em Madrid, presidida pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos.
O evento contou com a presença de milhares de pessoas vindas de mais de 80 países, e responsáveis católicos dos cinco continentes.
Em sua carta, disponibilizada pela sala de imprensa da Santa Sé, Francisco dá conta da sua “especial alegria” pelo novo beato e destaca a humildade de Álvaro del Portillo, aprendida no seio da “família, dos amigos e no serviço ao próximo”.
“Na simplicidade e quotidianidade da nossa vida podemos encontrar um caminho seguro de santidade”, escreve o Papa, sublinhando que o exemplo do bispo espanhol deve ser encarado como um desafio a “não ter medo de ir contra a corrente e de sofrer pelo anúncio do Evangelho”.
Francisco recorda ainda as muitas obras de evangelização e solidariedade que Álvaro del Portillo fomentou em vários países, “sem reparar nas dificuldades, movido pelo seu amor a Deus e aos irmãos”.
“Quem está muito unido a Deus sabe estar muito perto dos homens”, conclui.
O Opus Dei foi criado em 1928 pelo sacerdote espanhol Josemaría Escrivá de Balaguer, canonizado em 2002, com a finalidade de colaborar na missão evangelizadora da Igreja e na difusão da visão cristã no mundo.
Depois da morte do fundador, em 1975, assumiram a liderança da instituição católica Álvaro del Portillo e mais recentemente o bispo Javier Echevarría Rodríguez.
Álvaro José Maria Eulogio del Portillo y Diez de Sollano, que está sepultado na cripta da igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, na sede central do Opus Dei, em Roma, distinguiu-se pelo empenho na divulgação e implementação da obra em vários países.
O espaço à beatificação do prelado foi aberto pelo Vaticano em julho de 2013, através da aprovação de um milagre atribuído à intercessão de Álvaro del Portillo, envolvendo a cura de um menino chileno chamado José Ignacio Ureta Wilson.