No documento, a congregação do Vaticano oferece aos ecônomos e responsáveis das comunidades sugestões sobre a gestão dos bens
Da redação, com Rádio Vaticano
O texto, editado pela Livraria Editora do Vaticano, visa oferecer aos Ecônomos e Responsáveis das comunidades “sugestões úteis para reorganizar as obras”.
A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica publicou, nesta terça-feira, 5, uma Carta Circular com linhas de orientação para a gestão dos bens dos religiosos.
O texto, editado pela Livraria Editora do Vaticano, visa oferecer aos ecônomos e responsáveis das comunidades “sugestões úteis para reorganizar as obras”.
O documento, datado de 2 de agosto, foi assinado pelo prefeito da congregação, Cardeal João Braz de Aviz, e pelo secretário, o franciscano José Rodriguez Carballo.
De acordo com o “L’Osservatore Romano”, as orientações são em parte fruto de um simpósio sobre a economia, promovido pela Universidade Pontifícia Antonianum, em março deste ano, precisamente sobre a gestão dos bens eclesiásticos religiosos, ao serviço do humanum e da missão da Igreja.
Na ocasião, o próprio Papa Francisco interveio com uma mensagem em que convidava a “testemunhar e viver o princípio da gratuidade e a lógica do dom, para opor-se a uma economia da exclusão e da iniquidade”, infelizmente sempre muito difundida.
Sobre isso, a Carta Circular destaca que “o campo da economia é instrumento da ação missionária da Igreja”. E uma vez que o referido Simpósio reafirmou que os bens dos institutos religiosos são “bens eclesiásticos”, “a necessidade de bens econômicos não deve nunca exceder o conceito dos fins a que devem servir”.
Na realidade, no espírito de pobreza que caracteriza as comunidades religiosas, o uso dos bens deve ser finalizado ao “desenvolvimento da missão”.
É por isso que, indicando na gestão transparente e profissional dos bens dos Institutos Religiosos um meio útil para a sua própria missão, a Circular faz votos de que – na linha das conclusões do Simpósio de março passado – se preste sempre “atenção à dimensão evangélica da economia, feita de partilha e de comunhão”.
O texto conclui propondo que se difunda entre todos os implicados o conteúdo do documento e pedindo que se façam chegar à Congregação para os Institutos de Vida Religiosa, até ao fim do próximo mês de janeiro, eventuais observações e sugestões.