Francisco explicou que mesmo uma pessoa importante, segundo a lógica do mundo, não pode acrescentar um só dia à própria vida
Rádio Vaticano
O Papa Francisco gravou uma videomensagem aos pacientes e funcionários da Policlínica Universitário “Agostino Gemelli”, o hospital de Roma que aguardava a visita do Pontífice no dia 27 de junho, mas que não pôde ser realizada devido a uma indisposição.
Assista à videomensagem
Na videomensagem, o próprio Francisco revelou o motivo do cancelamento: uma forte dor de cabeça, que foi piorando durante o dia.
“Sei que tudo foi preparado com entusiasmo e paixão para recordar os 50 anos de inauguração, em Roma, da Policlínica ‘Agostino Gemelli’, anexo à Faculdade de Medicina e Cirurgia. Tudo estava pronto; ou melhor, como puderam ver, os meus estreitos colaboradores já se encontravam no Gemelli, mas, poucos minutos ante de partir, uma forte dor de cabeça que tinha desde manhã e que esperava que passasse, foi piorando e a esta se acrescentou também a náusea.”
O Pontífice prosseguiu: “Compreendo o desprazer não somente dos responsáveis, mas também de todos aqueles que trabalharam com tanto esforço e paixão. Compreendo sobretudo a desilusão dos doentes já prontos para poder rezar juntos durante a Santa Missa, e que teria tido o gosto de saudar pessoalmente.”
Aos doentes, Francisco afirmou que o período de verão que estão vivendo pode representar mais dificuldade ou solidão, pois muitas pessoas saem de férias, mas pediu que cultivem na oração o prazer das coisas de Deus, que testemunhem que somente o Senhor é a nossa força.
“Vocês, enfermos, que sentem a fragilidade do corpo, podem testemunhar com força às pessoas que estão ao seu redor que o bem precioso da vida é o Evangelho, o amor misericordioso do Pai, e não o dinheiro ou o poder. De fato, mesmo quando uma pessoa é, segundo as lógicas mundanas, importante, não pode acrescentar um só dia à própria vida.”
Por fim, o Papa agradeceu a todos os funcionários pela “paixão” com que trabalham e se dirigiu mais uma vez aos pacientes:
“Saibam que desejei muito esse encontro, mas, como bem sabem, nós não somos donos da nossa vida e não podemos fazer como bem queremos. Devemos aceitar as fragilidades. Cultivem comigo a confiança que somente em Deus depositamos a nossa força. Eu os confio a Maria; e vocês continuem rezando por mim, porque eu preciso.”
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