De acordo com autoridades sudanesas, Meriam apresentou um documento ilegal para embarcar para os Estados Unidos
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Ministério das Relações Exteriores do Sudão convocou, nesta quarta-feira, 25, os embaixadores dos Estados Unidos e autoridades sul-sudanesas para discutir o caso de Meriam Yahya Ibrahim. A jovem e a família foram detidas, nesta terça-feira, 24, no aeroporto de Khartoum, no momento em que embarcavam para os Estados Unidos.
“A polícia deteve a Sra. Meriam Yahya Ibrahim após a apresentação de um documento de viagem de emergência emitido pela embaixada sul-sudanesa com um visto para os EUA. As autoridades sudanesas consideram a ação uma violação criminosa e é por esta razão que o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador dos EUA e Sudão do Sul”, disse uma fonte do Ministério.
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O Código Penal do Sudão prevê que a criação de um documento pode receber punição de até cinco anos de prisão.
A porta-voz do departamento de Estado dos EUA , Marie Harf, disse que os Estados Unidos foram informados pelo governo sudanês que Meriam Yahya Ibrahim havia sido temporariamente detida no aeroporto para ser interrogada sobre as questões relativas à sua viagem e aos documentos de viagem. Ela não havia sido presa.
“O governo de Khartoum tem certeza de sua segurança. A Embaixada dos EUA, em colaboração com a família e o governo sudanês, deve resolver o problema o mais rápido possível “, acrescentou Harf.
Meriam Yahia Ibrahim foi libertada, nesta segunda-feira, 23, quando o Tribunal de Apelação reverteu a sentença condenatória, alegando que os tribunais de primeira instância não tinham examinado cuidadosamente as provas apresentadas pela defesa.
A jovem foi condenada à morte por um tribunal de Khartoum após ter sido considerada culpada de apostasia e adultério. De acordo com a Lei Islâmica, o casamento entre uma mulher muçulmana e um homem cristão é considerado nulo. Meriam, que foi criada por mãe cristã, estava sendo pressionada a negar a fé e converter-se ao Islamismo.