Enchentes que assolam o país, desde a última quinta-feira, 15, são consideradas as piores em um século
Da redação, com Agência Brasil
O governo da Sérvia declarou, nesta quarta-feira, 21, três dias de luto depois das cheias que afetam o país desde a última quinta-feira, consideradas as mais graves da região, disse o embaixador do país em Lisboa, Mirko Stefanovich.
Segundo ele, a declaração dos dias de luto será acompanhada da abertura, a partir de amanhã, de livros de condolências nas várias embaixadas sérvias de todo o mundo.
Em Lisboa e em outras capitais, os livros de condolências vão estar disponíveis entre as 10h e as 16h, às quintas e sextas-feiras, informou.
As cheias, que afetam não só a Sérvia, mas também toda a região dos Balcãs, já provocaram pelo menos 50 mortos e, de acordo com o embaixador sérvio, mais de 31 desalojados. As consequências do fenômeno, provocado por chuvas intensas (em três dias, o nível foi equivalente a três meses de pluviosidade contínua), já foi comparado pelas autoridades locais às guerras ocorridas entre 1992 e 1995.
“Há mais de 3 mil quilômetros de estradas destruídas, além de casas e várias fábricas”, descreveu Mirko Stefanovich, adiantando que são esperadas para hoje “novas inundações [com origem nos] maiores rios locais”.
Apesar de o estado do tempo estar um pouco melhor e a situação em várias cidades estar estabilizada, o embaixador admitiu que a situação ainda está muito difícil e que, por isso, todas as atividades na Sérvia estão, neste momento, voltadas para as consequências das cheias.
“Só agora começaremos a ver as verdadeiras consequências, e o problema é como [se conseguirá] reparar tudo”, disse o embaixador, garantindo que o processo vai ser “muito longo e doloroso”.
Além disso, acrescentou que “vão ser precisos muito mais recursos do que a Sérvia tem”. “Por isso, estamos recolhendo ajuda humanitária aqui em Portugal, assim como nas várias embaixadas em todo o mundo”.
Por outro lado, as autoridades sérvias, em parceria com as instituições comunitárias, estão contabilizando os prejuízos, devendo ter uma estimativa concreta “até ao fim de maio”, informou Stefanovich.