Paralisação de ônibus deixa milhares de pessoas sem transporte em São Paulo
Da redação, com Agência Brasil
As garagens de cinco empresas de ônibus, na capital paulista, amanheceram fechadas nesta quarta-feira, 21, informou a São Paulo Transportes (SPTrans).
A paralisação em parte do serviço de transporte público ocorre desde ontem em razão do protesto de um grupo de motoristas e cobradores que são contrários à proposta de negociação salarial aprovada em assembleia da categoria no dia 19. O terminal de ônibus, no bairro da Lapa, zona oeste da cidade, continua com a entrada bloqueada por veículos que foram deixados lá pelos trabalhadores.
De acordo com a SPTrans, as empresas paralisadas são: Sambaíba, Gato Preto e Santa Brígida, que operam na zona norte; Viasul, que atua na região sudeste; e Vip Garagem M’Boi Mirim, da zona sul.
O órgão não informou quantos passageiros nem quantas linhas foram afetadas pela greve. O Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) não foi acionado para essas regiões.
Desde a manhã de ontem, um grupo de motoristas e cobradores tenta impedir a circulação de coletivos na cidade, estacionando veículos atravessados nas saídas dos terminais e nas ruas.
De acordo com o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, em muitos casos as chaves dos ônibus foram jogadas e os pneus furados.
Pelo menos 13 terminais de ônibus dos 28 existentes foram bloqueados ontem. Muitos passageiros foram para casa a pé, pois vários ônibus ficaram parados e estacionados, sem motoristas, pelas avenidas da cidade.
O protesto provocou o maior congestionamento do ano. Por volta das 19h, o congestionamento alcançou 261 quilômetros (km), em São Paulo, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego. A média para o horário costuma ficar entre 105 km e 139 km.