'Lugar do primeiro encontro'

Papa celebra Vigília Pascal e pede aos cristãos: retornem à Galileia

O Papa Francisco presidiu a celebração da Vigília Pascal, na Basílica de São Pedro, em Roma

André Cunha
Da redação

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“A Galileia é o lugar do primeiro chamado, onde tudo iniciara”, disse o Papa. (Reprodução/CTV)

A cerimônia da Vigília Pascal no Vaticano, foi presidida pelo Papa Francisco neste sábado, 19, e concelebrada por centenas de sacerdotes, bispos e cardeais, na Basílica de São Pedro. A celebração teve início às 20h30 (horário italiano).

Refletindo acerca do Evangelho proposto pela liturgia de hoje, o Papa Francisco destacou a frase de Jesus que ordena às mulheres: “Não tenham medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão. (cf. Mt, 28, 10)”.

“Não tenha medo, é a voz que encoraja”, disse o Papa. “O anúncio das mulheres chegava como uma luz na escuridão. Não tenham medo e vão à Galileia”, enfatizou Francisco.

Segundo o Pontífice, a Galileia é o lugar do primeiro chamado, onde tudo iniciara. “Voltar à Galileia significa reler tudo a partir da cruz e da vitória, sem medo. Não temer. Reler tudo. A pregação, a comunidade, até a traição. Reler tudo a partir do fim que é um novo início”.

Francisco recordou também que, para todos os cristãos existe uma Galileia, trata-se do principio do caminho com Jesus. O Batismo, conforme explicou o Papa, é também este início de caminhada.

“Ir à Galileia significa redescobrir o nosso Batismo como fonte viva; tirarmos energia nova para nossa vivência da fé. Retornar onde a Graça de Deus me tocou e levar calor e luz aos outros irmãos”.

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Crianças, jovens e adultos recebem o Sacramento do Batismo na Vigília Pascal. (Reprodução/CTV)

O Santo Padre também explicou que, na vida do cristão, depois do Batismo, existe outra Galileia, uma existencial, a do encontro pessoal com Jesus Cristo. “Ir à Galileia é recordar quando o Senhor nos chamara, disse meu nome e pediu-me para segui-lo. O momento em que Ele me fez sentir que me amara”, esclareceu o Papa.

“Hoje cada um de nós pode recorda-se: qual é a minha Galileia? Eu me recordo? Lembro-me dela? Eu me esqueci? Procure-a, e encontrarás. Diga-me, Senhor, qual é a minha Galileia. Quero voltar lá para encontrar-te e deixar-me abraçar pela Sua misericórdia. Não ter medo!”, refletiu.

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