O Papa Francisco e o Secretário de Estado participaram da reunião do Conselho de Cardeais que ocorreu, nesta manhã, no Vaticano
Liliane Borges
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O segundo dia de reunião do Conselho de Cardeais, no Vaticano, foi centrado nas atividades do Instituto para as Obras Religiosas (IOR), conhecido popularmente como “Banco do Vaticano”. O Papa Francisco, o secretário de Estado da Santa Sé e os oito cardeais ouviram, durante três horas, os relatórios sobre a estrutura e os atos da instituição.
A comissão especial de vigilância, criada para realizar a auditoria, apresentou ao Papa e aos conselheiros os problemas e as causas das questões que tornaram a instituição alvo de polêmicas nos últimos anos.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse, nesta terça-feira, 18, em coletiva de imprensa, que foram indicadas algumas orientações para a renovação da estrutura da instituição financeira. “E essa, é ainda uma fase de estudo e análise, e não foi adotada nenhuma decisão”, destacou.
De acordo com o porta-voz, um dos pontos em que a comissão tem trabalhado em conjunto com os cardeais é sobre a real missão do IOR. “Portanto, ver as questões que dizem respeito às instituições da Santa Sé em relação a missão da Igreja (…) e não simplesmente sob um ponto de vista operativo e econômico com um horizonte limitado”, declarou.
Sobre a revisão da Constituição Apostólica Pastor Bonus, padre Lombardi destacou que não há definições, no momento, sobre mudanças a serem realizadas na Cúria Romana, uma vez que os cardeais ainda estão em fase de estudo do documento.
A respeito da possibilidade de uma nova Constituição Apostólica, o porta-voz disse que ainda é prematuro pensar na “aposentadoria” do documento atual, porque o trabalho em curso segue de forma intensa, mas ainda há uma grande quantidade de material a ser examinado.
Nesta quarta-feira, 19, o conselho receberá um grupo de cardeais, o chamado “Conselho dos 15”, responsável por comissões de vigilância e análise da Santa Sé.