Vida consagrada nasceu com Jesus. Ela sempre foi muito amada e defendida na Igreja, explica Dom João
Kelen Galvan
Da Redação, com colaboração de Liliane Borges
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 24, no Vaticano, o prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, falou sobre o Ano da Vida Consagrada, que será comemorado em 2015.
O anúncio desse ano celebrativo foi feito pelo Papa Francisco no dia 29 de novembro de 2013 e foi recebido “com aplausos pela assembleia”, recorda Dom João.
O cardeal explicou que o Ano da Vida Consagrada foi pensado no contexto dos 50 anos do Concílio Vaticano II, e de modo mais particular, devido a comemoração dos 50 anos da publicação do Decreto Conciliar Perfectae Caritatis sobre a renovação da vida consagrada.
Em entrevista exclusiva à nossa correspondente em Roma, Danusa Rego, Dom João falou sobre os preparativos para o ano celebrativo.
Segundo ele, neste primeiro momento, a congregação está recebendo notícias e informações de muitos consagrados, e a previsão é que até 2015 o número de iniciativas se multipliquem. “Naturalmente, muitas das iniciativas serão em nível regional, diocesano ou paroquial. Dependerá muito do envolvimento dos religiosos, das religiosas, e também da vida contemplativa. Nós esperamos que seja, realmente, um envolvimento profundo, porque o momento é muito propício”.
O cardeal afirmou ainda que na vida consagrada existem desafios, problemas, pecados, situações difíceis, mas ela é parte da Igreja. “Ela não nasceu hoje, a vida consagrada nasceu com Jesus. Isso os papas nos afirmam. A vida consagrada foi sempre muito amada na Igreja e foi muito defendida”.
Na coletiva, Dom João destacou que um dos objetivos do Ano da Vida Consagrada é viver bem o presente e com paixão. “A paixão fala de enamoramento, de verdadeira amizade, de profunda comunhão (…) Falamos de tudo isso na vida consagrada, e é isso que dá beleza à vida de tantos homens e mulheres que professam os conselhos evangélicos e seguem ‘mais de perto’ a Cristo neste estado de vida”.
Dom João afirmou ainda que este ano celebrativo será um momento importante “para evangelizar a própria vocação” e testemunhar a beleza do seguimento de Cristo na própria vida.
“Os consagrados e consagradas são conscientes de que, além de contar a grande história que escreveram no passado, são chamados a escrever uma bela e grande história no futuro”, ressaltou.