Os cristãos são o grupo religioso mais perseguido em todo o mundo e a situação piorou ao longo dos últimos dois anos. A informação é da fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que divulgou nesta última semana, no Parlamento em Londres, na Inglaterra, um relatório chamado "Perseguidos e Esquecidos?".
O relatório foi apresentado pelo Arcebispo anglicano emérito de Cantuária, Rowan Williams. O arcebispo afirmou que 30 países são considerados de risco para cristãos e nos últimos dois anos a situação piorou muito.
A chamada “Primavera Árabe”, que já foi apelidada de “Inverno dos Cristãos”, é um dos fatores responsáveis apontados pelo relatório, devido ao aumento do islamismo fundamentalista em países como a Tunísia, Egito, Líbia e, mais recentemente, na Síria.
O relatório apresenta dados estatísticos, mas também detalha casos chocantes de perseguição, como por exemplo, um homem no Iêmen que foi crucificado por ser cristão. No Egito, um jovem de 17 anos foi perseguido e torturado até a morte por possuir uma tatuagem de crucifixo no pulso.
O comunismo também é um fator relevante na perseguição religiosa no mundo, sobretudo em países como a China, Vietnã e Laos. Neste último país é destacado o caso de nove famílias expulsas da sua aldeia por forças governamentais, que mataram o seu gado e confiscaram os seus bens, por se recusarem a abandonar a fé.