Universidade de Harvard

Estudo aponta que casamento pode ajudar em tratamento de câncer

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard e do Hospital americano Brigham and Women’s apontou que pessoas casadas, quando diagnosticadas com câncer, vivem mais do que aqueles que não são. Pacientes casados também tendem a ter casos diagnosticados em fases anteriores – quando é muitas vezes tratado com mais sucesso – e a receberem um tratamento mais apropriado.

As conclusões do estudo foram publicadas nesta terça-feira, 24, no “Journal of Clinical Oncology”.

"Nossos dados sugerem que o casamento pode ter um impacto significativo para a saúde de pacientes com câncer, e isso foi consistente entre todos os cânceres que analisamos", disse Ayal Aizer, residente-chefe do Programa de Radiação Oncológica de Harvard.

Mais detalhes na reportagem de Elisa Ventura

Os pesquisadores fizeram a análise a partir da amostra de 734.889 pessoas que foram diagnosticadas com câncer entre 2004 e 2008.

A análise constatou que, em comparação com os pacientes casados, pacientes não casados, com câncer, incluindo aqueles que eram viúvos, foram 17 por cento mais propensos a ter câncer metastático (aquele que se espalha para além do seu local de origem) e a probabilidade de receberem tratamento adequado foi 53 por cento menor.

Segundo os pesquisadores, o estudo não pode ser visto como uma exaltação do casamento, mas mostra a importância do apoio de pessoas próximas àqueles que estão em tratamento de câncer.

“Você pode fazer uma diferença real para o resultado dessa pessoa ", disse o autor sênior do estudo, Paul Nguyen, um oncologista do Dana-Farber e do Brigham and Women e professor assistente da Harvard Medical School. "Como oncologistas, é preciso estarmos ciente dos apoios sociais disponíveis aos nossos pacientes e incentivá-los a buscar e aceitar o apoio de amigos e familiares durante este tempo potencialmente difícil."

         

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