União familiar, respeito, dificuldades de relacionamento, importância da leitura dos documentos da Igreja Católica. Esses serão alguns dos temas abordados pelo padre José Fernandes de Oliveira, conhecido como padre Zezinho, em sua palestra no Simpósio Nacional das Famílias, que será realizado no dia 28 de abril em Aparecida (SP), um dia antes da Peregrinação Nacional das Famílias.
“Quando se fala de família como festa, muito mais do que a ideia de uma família festeira ou festiva, é uma família feliz, capaz de celebrar todos os momentos e ocasiões com seriedade, paz e alegria com que se deve celebrar a vida. A família não só é lugar de festa, mas motivo e escola de festa serena, contida e equilibrada de quem está em paz consigo e com os outros”, explicou o padre.
Ele ressalta que é preciso entender a família como uma escola de valores e identificar que, embora formada por muitos membros, ela forma uma só realidade.
Perda dos valores familiares
Padre Zezinho considera que o fator que prejudica ou até mesmo impede a união familiar nos dias de hoje é a perda de valores. Ele cita o poder da mídia em influenciar os filhos, o que acaba acarretando na perda de autoridade dos pais.
“A Igreja tem que trabalhar duro, insistente, sem medo, pra que se restabeleça a obediência dos filhos, o seu respeito e a autoridade dos pais. O Estado deve servir à família, e não prejudicá-la, com leis que mais separam do que aproximam. Há ainda a importância da escola e dos meios de comunicação”, enfatizou.
O sacerdote também destacou o distanciamento entre os membros da família. Segundo ele, pais que passam muito tempo fora trabalhando costumam dedicar pouco tempo aos filhos e nem sempre compensam essa perda com qualidade. “Chega em casa e vai ver televisão, vai cuidar dos seus afazeres e o filho vai pra internet. Tem famílias que chegam a passar três meses sem uma conversa amiga”, exemplificou.
Para combater esses problemas, padre Zezinho acredita que os membros da família devem se converter verdadeiramente. “Esta conversão não é só pra Deus, mas para os filhos. Os pais precisam gastar mais tempo com os filhos. A conversão para a união, para a unidade e para a presença é fundamental. Porque há muitos pais e filhos ausentes. Todo esse conceito de presença tem que ser redescoberto”
Importância do simpósio
Padre Zezinho disse que, o Simpósio das Famílias, que este ano traz como tema “Família: o trabalho e a festa”, assim como diversos simpósios que a Igreja realiza ao longo do ano, são interessantes por possibilitarem um trabalho conjunto.
“A grandeza do simpósio é exatamente isso: são muitas cabeças opinando e pensando juntas. É a coletividade, a comunidade sendo valorizada e o indivíduo a serviço dela, e não ela a serviço de dois ou três indivíduos”, concluiu.
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