Neste domingo, 29, a Igreja celebra o Dia Mundial do Hanseniano. Para esta ocasião, o presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, Arcebispo Zygmunt Zimowski, escreveu uma mensagem intitulada “Luta contra a doença de Hansen é o compromisso de todos”.
Na mensagem, o arcebispo lembra que a Mycobacterium leprae (nome científico da hanseníase) ainda não foi erradicada, mas que se constata uma dimimuição no número de contaminados, que atualmente são em torno de 200 mil, segundo dados recolhidos pela Organização Mundial da Saúde em 2010 e 2011.
O presidente do órgão vaticano defendeu a distribuição gratuita dos medicamentos, a promoção do diagnóstico precoce e um trabalho de preservação, especialmente em meio às comunidades com maior risco de contaminação.
“A passagem evangélica ‘Levante-te e vai. A tua fé te salvou!’ (Lc 17,19), escolhida pelo Santo Padre Bento XVI como tema do 20º Dia Internacional do Enfermo, que será celebrado no dia 11 de fevereiro em todo mundo, constitui um aprofundamento e uma particular referência àqueles sofrem uma infecção; tal passagem nos conta, de fato, que 10 leprosos foram curados por Jesus”, destaca Dom Zimowski.
Em sua mensagem ao 20º Dia Internacional do Enfermo, Bento XVI salienta que Deus é Amor e que jamais abandona o homem em meio a suas angustias e sofrimentos, mas está sempre próximo a ele, ajuda-o e deseja curar as feridas mais profundas de seu coração.
“Tal amor vem expresso também através do empenho individual, das realidades eclesiais e de voluntários, entre eles a Fundação Raoul Follereau e a Ordem Soberana dos Cavaleiros de Malta. Mas os êxitos alcançados até agora, em termos de uma forte redução no número de infectados, certamente não exime os governos e as organizações internacionais. Estes devem aumentar a atenção e trabalhar contra a disseminação da hanseníase, bem como não os exime de suas responsabilidades no que diz respeito à prevenção, em termos de educação e saúde e higiene, e à ‘readmissão’ de pessoa curada, assim como o apoio a todas as vítimas da infecção”, ressaltou o arcebispo.
Para Dom Zimowski, quem conseguiu curar-se pode, ao compartilhar sua experiência, ajudar os outros, uma contribução importante na luta contra a doença de Hansen, que durante milênios foi uma praga terrível e razão de uma grande exclusão social.
Por fim, o presidente do dicastério reforçou que somente com o empenho de todos, e em todos os níveis, esta doença, que ameaça e flagela o coração, poderá se tornar um medo do passado.