Rio de Janeiro

Equipes buscam desaparecidos em desabamento no Rio

Equipes de resgate retiraram três corpos sob os escombros dos três prédios antigos que desabaram no centro do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira, 25, e os bombeiros seguiam em busca de até mais 19 desaparecidos após mais de 12 horas de trabalho, informaram autoridades nesta quinta-feira.

Seis pessoas foram resgatadas após o desastre com ferimentos e levadas a dois hospitais da cidade, informou a Secretaria Municipal de Assistência Social, que presta atendimento aos familiares das vítimas da tragédia.

"Continuamos buscando (sobreviventes), a gente sempre trabalha com esta esperança", disse por telefone o capitão do Corpo de Bombeiros Fabio Taranto, que participa da operação e informou que entre os mortos estão um homem e uma mulher.

Os desabamentos ocorreram pouco antes das 20h30, horário de baixa circulação de pessoas no centro do Rio e de menor movimento nos prédios comerciais. Testemunhas disseram que o expediente já estava encerrado na grande maioria das empresas em funcionamento nos edifícios quando ocorreu o desabamento.

Máquinas retro-escavadeiras, cães farejadores e equipamentos hidráulicos ajudam os bombeiros na operação de busca e salvamento.

Os edifícios, que tinham 20, 10 e 4 andares, estavam localizado na rua 13 de Maio, ao lado do Theatro Municipal, um dos prédios históricos mais famosos da cidade e que foi restaurado recentemente. No térreo de um dos edifícios funcionava uma agência bancária.

As causas do acidente ainda estavam sendo apuradas, mas um dos edifícios passava por obras em alguns andares. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que esteve no local durante à noite, falou na possibilidade de dano estrutural.

"Não sabemos a causa, mas o mais provável é que não houve explosão e o mais provável é que houve dano estrutural", afirmou Paes ainda à noite.

Testemunhas disseram que foi possível ouvir estalos nos edifícios antes do desabamento. Em seguida, rebocos começaram a cair na rua e depois os prédios vieram a baixo. Houve pânico, correria e desespero.   

Uma densa nuvem de poeira cobriu a região. Carros que estavam estacionados e pedestres ficaram cobertos de poeira e escombros.

"Parecia um terremoto. Primeiro caíram blocos de concreto do prédio. Começaram a cair vários e as pessoas começaram a correr. Depois caiu tudo de um vez", disse a jornalistas uma testemunha que se identificou apenas como Gilberto e que afirmou ter visto o desabamento.

Ruas e avenidas perto do local foram interditadas e não há prazo para serem reabertas. Prédios próximos também foram isolados e interditados pela Defesa Civil por precaução.

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