A Comunidade Canção Nova foi homenageada pelo Senado Federal na tarde desta terça-feira, 27, por ocasião de seus 33 anos de fundação. Os cofundadores da Comunidade, Wellington Silva Jardim e Luzia Santiago, representaram a instituição na cerimônia.
"Quero destacar a grande honra de estar nesta Casa para receber uma homenagem em nome da Comunidade. Isso é sinal do reconhecimento e da importância da Canção Nova para a sociedade. Louvado seja o Nosso Deus!", exclamou Wellington durante seu pronunciamento.
"Eto", como é carinhosamente chamado pela família Canção Nova, recordou um importante ensinamento do fundador, Monsenhor Jonas Abib: a Canção Nova é uma obra de Deus, um milagre aos nossos olhos. "Em 33 anos de fundação, muitas coisas foram vividas para que, hoje, pudéssemos colher um pouco do fruto dessa missão", destacou.
O cofundador e também presidente da Fundação João Paulo II – mantenedora de todo o Sistema Canção Nova de Comunicação e projetos levados adiante pela Comunidade – exemplificou a relevância do trabalho da instituição através do número de pessoas que colaboram financeiramente com suas iniciativas: 1,8 milhão de brasileiros cadastrados na base de dados.
"Viver da Providência é esperar com as mãos postas o que vem do céu. A Canção Nova não parou, e não vai parar. Nasceu assim, está com 33 anos, e eu tenho certeza que Deus vai continuar nos abençoando. Transmitimos através de todos os canais possíveis, porque temos que evangelizar a todos, a Palavra tem que chegar a todos. Se sonegamos a Palavra, Deus também pode sonegar Sua Providência. Se a gente cuida bem das coisas de Deus, Deus cuida das nossas. Por isso, não nos preocupemos com as nossas, mas com as de Deus", afirmou.
Eto também agradeceu ao autor do requerimento com a proposta de homenagem, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). "De toda a história da Canção Nova, a grande corrida para se chegar onde está foi justamente em Sergipe, na sua capital, onde obtivemos nossa primeira geradora", recordou.
Por fim, apontou a importância do método do "Por Hoje Não vou mais pecar" (PHN) – idealizado por Monsenhor Jonas Abib – na evangelização da juventude. "Hoje, o Brasil todo conhece. O PHN busca mostrar o valor do jovem, a força que ele tem. O Brasil precisa dessa juventude. Não precisa de jovens caídos. Temos que levantar a autoestima desse povo", disse.
Assista ao pronunciamento de Eto durante a cerimônia
A cerimônia
A missionária da Comunidade Canção Nova e cantora Eliana Ribeiro cantou três músicas ao início da cerimônia.
Em sua fala, o autor do requerimento com a proposta de homenagem, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), destacou que a convocação de sessões solenes no Congresso Nacional, seja na Câmara, seja no Senado, obedecem ao mesmo rito e propósito: homenagear pessoas e entidades cujo trabalho tenha relevância para o conjunto da sociedade, contribuindo para elevá-la.
"É necessário dizer que esta sessão enquadra-se plenamente nesta premissa. A Canção Nova promove um trabalho de profundo alcance social, que envolve milhares de pessoas, no Brasil e no exterior, que, sem descurar do sentido religioso, o transcende largamente. Ela é, hoje, um braço ativo a serviço da sociedade brasileira", ressaltou.
Valadares indicou que o Sistema Canção Nova de Comunicação leva instrução e amparo, promovendo a difusão de valores éticos e morais universais, veiculando informações de utilidade pública a amplos segmentos da população.
"A nossa Canção Nova é um orgulho para todos nós. Ressalto, mais uma vez, que não se trata de trabalho voltado apenas para a evangelização, o que por si só já seria meritório. Mas vai além, há nele um sentimento humanista e ecumênico decorrente das obras sociais que beneficiam dezenas de milhares de pessoas. Um exemplo é o Instituto Canção Nova, a Casa do Bom Samaritano, o Posto Médico Padre Pio, o Projeto Geração Nova (Progen), e tantos outros", enumerou.
O senador também recordou os benefícios que a Comunidade promove no Estado de Sergipe, particularmente na capital, Aracaju, onde há uma sucursal da TV e atividades desenvolvidas pelos missionários e colaboradores da Canção Nova.
"É um trabalho que honra o país e serve de exemplo aos que estão conscientes de que o resgate da vida social brasileira não depende apenas do Estado, mas também da sociedade. Ressalto mais uma vez o caráter não sectário da Comunidade, que, em coerência com o princípio de fazer o bem sem olhar a quem, estende a mão a necessitados, independentemente de raça, crença ou gênero. Afirma na prática, não apenas na teoria, os valores humanistas da fraternidade universal. Viva a nossa Canção Nova!", disse.
Ao final da sessão, o presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), salientou que a Casa cumpria um agradecimento que é de todo o povo brasileiro. E também que é costume comemorar datas redondas, mas a ocasião recorda os 33 anos da Comunidade.
"Tem um significado simbólico porque esse foi o número de anos que Deus determinou que seu Filho passasse entre os homens, na terra, para mostrar que não estamos sós, que sempre temos Deus ao nosso lado. A Canção Nova prega pelo exemplo e pela Palavra – Palavra de Deus e exemplo de trabalho que todos aqueles que promovem iniciativas em benefício do país, de todos nós, e do povo brasileiro. Hoje, fazemos um tributo pelos serviços prestados à sociedade brasileira", disse.
Também fizeram uso da tribuna os senadores: Gim Argello; Aécio Neves; Valdir Raupp; Eduardo Amorim; Pedro Simon; Rodrigo Rollemberg; Marinor Brito; Geovani Borges; Wilson Santiago; Jayme Campos; Magno Malta; Flexa Ribeiro; Eduardo Suplicy; Cícero Lucena.
Comunidade Canção Nova
Criada em 1978 pelo monsenhor Jonas Abib, a Canção Nova, com sede na cidade de Cachoeira Paulista (SP), tem como missão a evangelização através dos meios de comunicação social.
Atualmente, a Comunidade Canção Nova possui mais de mil membros, entre os quais sacerdotes e leigos celibatários e casados, que vivem e trabalham em prol da evangelização em todo o Brasil e em países como Paraguai, Portugal, França, Itália, Estados Unidos e na Terra Santa.
Em 2008, a Canção Nova obteve o Reconhecimento Pontifício e, em 2009, foi reconhecida como pertencente à Família Salesiana.