"Queridos jovens, neste grande trajeto de dois anos com esta peregrinação da Cruz e do ícone de Nossa Senhora, contemplem, rezem, abracem essa causa, principalmente a mensagem de amor de Jesus. Façam com que a Jornada aconteça no seu coração, paróquia, movimento, diocese, quando esses símbolos passarem. Que Deus abençoe essa jornada, que já começou!", afirma, entusiasmado, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro. O prelado participa do Bote Fé, no Campo de Marte, em São Paulo, neste domingo, 18.
O bispo acredita que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) reforça a certeza de que existe um olhar preferencial pela juventude. "É um evento grandioso que mexe com todos os cantos do país. É um ganho para a Igreja e para a sociedade receber a jornada", diz.
Dom Eduardo afirma que a experiência de grande movimentação do Bote Fé permite acreditar que muitos jovens já começaram se inserir, retornar à casa onde foram gerados pelo batismo, que permanece de portas e janelas abertas para acolhê-los de volta. "Acreditamos também que jovens que não professam a nossa fé poderão olhar para a Igreja com outros olhos, perceber que a Igreja está interessada nos valores e na qualidade de vida dos jovens", indica.
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Tema e Preparação
Geralmente, o país anfitrião possui cerca de três anos para organizar a próxima JMJ. No caso do Brasil, serão apenas dois anos para deixar tudo em ordem.
"É um desafio muito grande promover um evento dessa magnitude em um país com dimensões continentais, em pouco tempo e com qualidade. No entanto, partimos do princípio da fé, em primeiro lugar. Se Deus quer, estamos aí para fazer. Também partimos da certeza de que a Igreja no Brasil é uma Igreja animada, entusiasmada. E, enfim, acreditamos na nossa juventude. Todos esses elementos nos fazem ter segurança para esse grande evento, que vai mexer com todo mundo", conta Dom Eduardo.
A escolha do Brasil como sede de uma JMJ remonta a 10 de maio de 2007. Naquela noite, Bento XVI reuniu-se com os jovens no Estádio do Pacaembu e Dom Eduardo, em nome do episcopado brasileiro, pediu ao Papa para que uma edição da jornada acontecesse no país o quanto antes possível.
"Percebemos o sorriso e a alegria dele em meio aos aplausos. O Santo Padre tem um carinho especial pela juventude do Brasil", certifica o bispo.
Segundo o presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, o tema escolhido pelo Pontífice para o evento no Rio de Janeiro – “Ide e façais discipulos em todos os povos!” (Mt 28, 19) – entrega uma grande responsabilidade na mão dos jovens.
"O Papa possui uma sensibilidade muito grande com a cultura e a história de um país e de um povo. Frente ao trajeto que a Igreja no Brasil e as Conferências Episcopais de toda a América Latina têm feito para formar discípulos-missionários, escolheu esse tema. É preciso provoca o encantamento do discípulo por Jesus e, consequentemente, maior arrojo, profetismo, para o jovem propagar a mensagem do Evangelho. Queremos que o evento não seja um 'oba-oba', mas adentre o coração, produza frutos e se concretize em gestos concretos de revolução social, que olhe com carinho para a vida da juventude", conclui.
Bote Fé
Milhares de jovens vindos de todos os cantos do país participam do Bote Fé, a grande festa de acolhida dos dois símbolos máximos do maior evento mundial da juventude católica: a Cruz e o ícone mariano das JMJ, enviados com antecedência pelo Vaticano ao país que receberá o encontro. O evento na capital paulista reúne evangelização, música e arte ao longo de todo o dia e é organizado pela Arquidiocese de São Paulo e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Peregrinação
A Cruz e o Ícone vão percorrer 275 dioceses no Brasil até a vinda do Papa Bento XVI, em julho de 2013, para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Os símbolos da Jornada devem passar por todos os 17 regionais da CNBB. Também estão previstas 19 grandes festas nas capitais brasileiras, todas com o nome "Bote Fé".
Em dezembro de 2012, a Cruz e o Ícone deixam o Brasil e visitam Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina; retornam em janeiro de 2013 para o sul do Brasil. A etapa final acontecerá no sul de Minas Gerais, no Vale do Paraíba (SP) e, finalmente, no Estado do Rio de Janeiro, onde chegam em abril de 2013.
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