Ao menos 20 cristãos foram detidos pela polícia chinesa deste domingo de Páscoa, 24. Segundo agências internacionais, a operação visava impedir que membros de uma igreja cristã realizassem as tradicionais festividades de Páscoa em Pequim, capital do país.
Este grupo faz parte da Shouwang, uma das maiores “igrejas subterrâneas”, uma resistência cristã que não aceita a intervenção do Partido Comunista em sua crença e, como consequência, são consideradas ilegais.
A operação no distrito de Zhongguancun começou às 8h de domingo, quando os cristãos foram detidos e levados para a uma delegacia, disseram testemunhas.
A liberdade religiosa, garantida pela Constituição chinesa, não é respeitada. A justiça do país só permite o credo em igrejas registradas oficialmente. As igrejas oficiais do país têm cerca de 20 milhões de fiéis.
Atualmente, a Igreja Católica constatou um situação de desordem na China, tendo em vista a grave situação de ordenações sem autorização pontifícia, mas reconhecidas pelo governo chinês.
Em comunicado, o Vaticano enfatizou que cada bispo envolvido deveria “dirigir-se a Santa Sé e encontrar um modo de esclarecer a própria posição aos sacerdotes e fiéis, professando novamente a fidelidade ao Sumo Pontífice, para ajudar a superar a ofensa interior por ele cometida e para reparar o escândalo externo que causou”.
A Santa Sé destacou também o desejo de um “diálogo sincero e respeitoso com as autoridades civis”.
Segundo agências, o governo chinês estaria combatendo possíveis ameaças ao regime comunista, tentando evitar protestos como aqueles que atingiram recentemente alguns países árabes. Nos últimos meses, foram presos muitos ativistas pró-direitos humanos, advogados, blogueiros e artistas.
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