As santas declaradas doutoras da Igreja, pela contribuição de sua elevada doutrina cristã, são referência não só para as mulheres de hoje, como também para todos os cristãos.
Santa Teresa de Ávila e Santa Catarina de Sena receberam esse título, no ano de 1970, pelo Papa Paulo VI, e Santa Teresinha do Menino de Jesus, foi declarada Doutora da Igreja em 1997, pelo Papa João Paulo II.
E em suas últimas catequeses, o Papa Bento XVI tem destacado a contribuição de cada uma delas.
Santa Teresa de Ávila foi indicada pelo Santo Padre como "a verdadeira mestre de vida cristã para os fiéis de todos os tempos" e um dos "vértices da espiritualidade cristã". Ela nos ensina sobre a "sede de Deus" que existe na profundidade do coração do homem e como saciá-la através de um relacionamento com Ele na oração, explica Bento XVI.
"O exemplo desta santa, profundamente contemplativa, e eficazmente operosa, nos leva a dedicar a cada dia um justo tempo de oração, a esta abertura em relação a Deus, a este caminho para procurá-lo, para vê-lo, para encontrar sua amizade e assim a verdadeira vida", destaca.
Santa Catarina de Sena é a única leiga entre os 33 doutores da Igreja. Os outros são papas, bispos, sacerdotes, diáconos ou religiosos. Referindo-se a ela, Bento XVI recordou que a santa teve um papel de destaque na história da Igreja e explicou que dela, aprendemos a "ciência mais sublime: conhecer e amar Jesus Cristo e sua Igreja".
Muitos que se identificaram com a personalidade forte e autêntica de Santa Catarina a procuravam para serem guiados espiritualmente. Eles a chamavam de "mamãe", porque sentiam-se como seus filhos espituais.
Sobre isso, o Santo Padre destaca que, "também hoje a Igreja recebe um grande benefício do exercício da maternidade espiritual de tantas mulheres, consagradas e leigas, que alimentam nas almas o pensamento por Deus, fortalecem a fé do povo e orientam a vida cristã rumo a picos sempre mais elevados".
E conclui sua reflexão sobre a santa, destacando que, com ela, aprendemos "a amar com coragem, de modo intenso e sincero, Cristo e a Igreja".
Bento XVI ainda não falou sobre Santa Terezinha do Menino Jesus em suas catequeses, mas no dia de sua festa, 1º de outubro, em 2007, destacou que "sem ter saído do Carmelo", a santa viveu "à sua maneira, um autêntico espírito missionário", oferecendo ao mundo "uma nova via espiritual que obteve o título de Doutora da Igreja".
No dia em que recebeu esse título, o Papa João Paulo II, afirmou que Santa Teresinha não só entendeu a profunda "verdade do amor, como centro e coração da Igreja, como o viveu intensamente em sua breve existência".
"Essa convergência entre doutrina e a prática concreta, entre a verdade e a vida, entre o ensinamento e a prática, resplandece com particular claridade nesta santa, conventendo-a em um modelo atrativo, especialmente para os jovens e para os que buscam o sentido de sua vida", afirmou João Paulo II.
Um caminho "pequeno" que está disponível para todos, reforçou o futuro beato. "Um caminho de confiança e de entrega total à graça do Senhor. Não se pode subestimar esse caminho, como se fosse menos exigente. É realmente um desafio, como sempre é o Evangelho".
João Paulo II conclui afirmando que Santa Teresinha é "uma santa que permanece jovem, apesar do passar dos anos, e é apresentada como modelo eminente e guia no caminho dos cristãos no nosso tempo, no terceiro milênio".
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