Um terremoto de magnitude 6,3 matou pelo menos 65 pessoas nesta terça-feira, 22, em Christchurch, segunda maior cidade da Nova Zelândia, e muitas outras ainda estão soterradas sob escombros de edifícios.
Foi o segundo grande terremoto em cinco meses na cidade, que tem 400 mil habitantes, e é também o mais letal desastre natural no país em 80 anos.
"Nós bem podemos estar testemunhando o dia mais sombrio da Nova Zelândia… Até o momento, o número de mortos está em 65 e pode subir", disse o primeiro-ministro neozelandês, John Key, à TV local.
"É difícil descrever. O que era uma cidade vibrante algumas horas atrás agora está de joelhos", acrescentou Key, que viajou para Christchurch, sua cidade natal e onde tem parentes.
O tremor ocorreu na hora do almoço (fim da noite de segunda-feira no Brasil). Ruas e lojas estavam muito movimentadas, e os escritórios ainda estavam ocupados.
Ao anoitecer, e sob chuva, as equipes de resgate se concentravam em dois edifícios: um de quatro andares, com escritórios do setor financeiro, e outro onde funcionavam uma emissora de TV e uma escola de inglês. Uma autoridade do Japão disse que 12 alunos japoneses supostamente estão desaparecidos. Na emissora de TV, era possível ouvir gritos de sobreviventes soterrados.
Uma mulher resgatada disse que passou seis horas esperando socorro. "Achei que o melhor lugar era sob a mesa, mas o teto desabou por cima, não posso me mexer e estou aterrorizada", havia dito por celular a funcionária de escritório Anne Voss a uma TV local.
O prefeito da cidade, Bob Parker, comparou a situação da cidade a uma zona de guerra. Inicialmente ele disse que cerca de 200 pessoas podiam estar presas nos escombros, mas depois revisou o número para 100.