Três religiosas embarcam para Porto Príncipe, Haiti, na segunda-feira, dia 21, onde vão atuar especialmente no socorro às crianças e adolescentes. O trabalho que vão desenvolver faz parte do Projeto de Solidariedade entre a Igreja do Brasil e a Igreja do Haiti, criado no ano passado por causa da tragédia que destruiu a capital do Haiti.
Uma missa na sede da CNBB nesta quarta-feira, 16, marcou o envio das religiosas. Presidida pelo bispo de Tefé (AM) e presidente do Conselho Missionário Nacional (Comina), dom Sérgio Castriani, a missa foi concelebrada pelos bispos do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (Consep), reunidos na sede da Conferência desda terça-feira, 15. As provinciais das Congregações que enviam as missionárias também participaram da celebração, além de membros da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e assessores da CNBB.
Foram enviadas as Irmãs Iolanda de Oliveira Carneiro, da Congregação da Divina Providência; Veraluce Porfirio dos Santos, da Congregação Irmãs de Santa Catarina, e Maria Dalvani Sousa Andrade, da Congregação Catequista Franciscana. Elas vão se unir a outras três religiosas que já estão no Haiti desde setembro do ano passado.
“Esta missão no Haiti tem três características. Primeiro, ela surge após uma grande tragédia de caráter natural, político e social. Em segundo lugar, não é missão de uma Congregação, mas assumida pela Igreja no Brasil através do Comina. A terceira característica é a proximidade do Haiti com o Brasil”, explicou dom Sérgio Castriani.
Dom Sérgio lembrou que as religiosas vão em nome de toda a Igreja do Brasil. “Vocês vão para esta missão em nosso nome. É missão de gratuidade”. O projeto, coordenado pelo Comina, é de responsabilidade da CNBB e da CRB e tem o apoio da Cáritas Brasileira.
“A CNBB agradece às irmãs e às suas Congregações, que as liberam para esta missão no Haiti. Agradece também à CRB por articular este serviço de grande relevância”, disse o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha.
A presidente da CRB, Irmã Márian Ambrósio, destacou o sentido do projeto de ajuda à Igreja do Haiti. “O Projeto de Solidariedade entre a Igreja do Brasil e a Igreja do Haiti é símbolo do nosso amor preferencial às pessoas mais fortemente atingidas pelas consequências do terromoto de janeiro de 2010”, disse a religiosa.
“Enquanto se reflete sobre a melhor forma de reconstruir o Haiti, lá estamos nós, como Igreja do Brasil, acolhendo em nossos braços a dor do povo, privilegiadamente das crianças”, destaca a presidente da CRB.
A Irmã Veraluce Porfirio, uma das que seguem para o Haiti na próxima segunda-feira, disse que o desejo de ir para Porto Príncipe surgiu quando ouviu o apelo do núcleo da CRB de Salvador, Bahia. “Minha expectativa é de somar forças com o povo que está sofrendo muito no Haiti, especialmente as crianças”, conta Irmã Veraluce.