Diálogo ecumênico

Dogmas marianos são tema de estudo em Sínodo da Igreja Anglicana

Um documento conjunto sobre os dogmas marianos, fruto do diálogo entre católicos e anglicanos, foi um dos temas do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra, que aconteceu entre os dias 7 e 9 deste mês.

"É um documento que deve ser discutido e que a Igreja Católica e a Comunhão Anglicana avaliarão das formas e nos tempos necessários", segundo interveio o Bispo Auxiliar de Westminster, Dom George Stack, durante o encontro, na quarta-feira, 9.

Dom George abordou o documento Maria: graça e esperança em Cristo, também conhecido como "Declaração de Seattle", divulgado em 2 de fevereiro de 2004. O texto é fruto do diálogo promovido no âmbito da Comissão Internacional anglicano-católica (ARCIC, na sigla em inglês) – reúne o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e o Conselho Consultivo Anglicano.

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.: Igreja Católica e Comunhão Anglicana avançam no diálogo

De modo particular, a discussão sobre o documento retomou temas sobre os quais a assembleia anglicana foi chamada a refletir. No Sínodo, foi proposta uma moção com a qual se pediu, "no contexto da busca de uma maior unidade entre as duas comunidades, estudos ulteriores das questões levantadas pelo documento sobre Maria e, em particular, a temática da autoridade e do status dos dogmas católicos da Imaculada Conceição e da Assunção para a Igreja Anglicana".

O Bispo Auxiliar de Westminster centrou sua intervenção nos progressos do trabalho de reflexão conjunto sobre o documento, sublinhando que "o debate de hoje é ainda mais significativo à luz do anúncio de que a terceira fase do diálogo da Comissão ARCIC iniciará em maio, com o tema A Igreja como comunhão, local e universal".

A primeira fase da ARCIC (1970-1981) foi selada pelas declarações sobre a Eucaristia e mistério e por duas declarações sobre a autoridade da Igreja. A segunda fase (1983-2005), por sua vez, produziu declarações sobre a salvação, sobre a justificação, sobre eclesiologia e posteriores estudos sobre a autoridade da Igreja.

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