Assentamento na Cisjordânia

Hillary diz que assentamentos de Israel são contraproducentes

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou nesta quarta-feira,10, que o plano de Israel de seguir adiante com novas construções em assentamento na Cisjordânia é contraproducente para as negociações de paz.

Hillary anunciou que os Estados Unidos darão 150 milhões de dólares adicionais à Autoridade Palestina, enquanto Washington tenta fortalecer o governo palestino em meio a um impasse nas conversações de paz com Israel.

O financiamento foi anunciado um dia antes de um encontro previsto com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atualmente em visita de cinco dias aos EUA.

Hillary enfrenta a dura tarefa de tentar reviver as negociações de paz no Oriente Médio iniciadas em 2 de setembro e suspensas pelos palestinos três semanas depois, quando Netanyahu se recusou a prolongar um congelamento parcial nas obras dos assentamentos da Cisjordânia.

Na segunda-feira,8, Israel anunciou que vai prosseguir com um projeto de habitação numa parte da Cisjordânia ocupada anexada por Israel a Jerusalém há 43 anos.

"Esse anúncio foi contraproducente aos nossos esforços de retomar as negociações entre as partes", disse a secretária a jornalistas em Washington. "Ainda acreditamos que um resultado positivo seja possível e necessário."

Em Nova York, o porta-voz de Netanyahu manifestou confiança de que o atrito com os EUA por causa da expansão nos assentamentos será resolvido.

"Algumas vezes há desacordos entre amigos e sabemos como resolver esses desacordos e seguir adiante", disse o secretário de gabinete israelense, Tzvi Hauser, à Rádio Israel numa entrevista desde Nova York.

O principal porta-voz de Netanyahu, Nir Hefez, afirmou em uma outra entrevista à Rádio do Exército Israelense: "As descrições exageradas de uma colisão frontal, de provocações, estão longe da realidade."

Hillary Clinton anunciou a verba para a Autoridade Palestina numa videoconferência conjunta com o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, que tem se esforçado para cobrir um enorme rombo no orçamento ao mesmo tempo em que seu governo amplia os serviços públicos na expectativa de um futuro Estado.

O atraso no envio de ajuda, especialmente dos provenientes dos Estados árabes, forçou Fayyad a tomar medidas de austeridade. Ele afirmou em setembro que precisava de cerca de 500 milhões de dólares este ano para financiar várias coisas, desde os salários do governo a projetos de infraestrutura.

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