O responsável pelas contas é o especialista em sistemas informáticos e consultor de grandes multinacionais do setor tecnológico Anura Gurugé, também autor e editor do mensal i-BigBlue Professionals, apaixonado pela história do papado.
O primeiro lugar na lista de Papas mais idosos é ocupado por Leão XIII, que morreu em 20 de julho de 1903, com 93 anos, 4 meses e 18 dias. O sexto Papa mais idoso foi João Paulo II, que viveu 84 anos, 10 meses e 15 dias. Para ultrapassar a marca de Leão XIII, Bento XVI teria que viver até 3 de setembro de 2020; o atual Papa ficaria à frente da estatística de João Paulo II em 29 de fevereiro de 2012.
Na verdade, como admite o próprio Gurugé, as estatísticas têm um valor relativo, pois no elenco que fez para a curiosa classificação foram incluídos apenas os Papas de 1400 até os nossos dias, pois as datas precedentes são “infelizmente não confiáveis” para que se façam “comparações significativas”, indica o especialista.
Além de dados verificáveis, como as datas de início e término do Pontificado, anos completos de reinado e, também, a idade do Papa na época da morte, a classificação preparada por Gurugé oferece também, na última coluna, uma estimativa bastante insólita: o percentual da vida transcorrida nas vestes e no ministério de Pontífice, da parte dos onze Papas tidos em consideração, a partir do que se evidencia que Pio IX, com 31 anos de pontificado, de 1846 a 1878, viveu como Papa praticamente um terço de sua existência.
Esses são dados que, para além de uma mera “curiosidade estatística”, podem sugerir uma reflexão mais profunda, se observados a partir da característica espiritual própria do ministério petrino, que está ligada ao valor relativo da longevidade, como observou em novembro de 2008 o Papa Bento XVI:
"A verdadeira velhice venerada não é somente a idade avançada, mas a sabedoria e uma existência pura, sem malícia […] O mundo considera afortunado quem vive prolongadamente, mas Deus, mais do que a idade, visa a retidão do coração. O mundo dá crédito aos ‘sábios’ e aos ‘doutos’, enquanto Deus privilegia os ‘pequeninos’. […] Deus é a verdadeira sabedoria que não envelhece, é a riqueza autêntica que não acaba, é a felicidade pela qual o coração de cada homem aspira profundamente".
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