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Análise

O Cristianismo é apenas útil ou indispensável para o conhecimento?

Novamente sobre o conhecimento ensinado na Universidade Católica

Stefano Fontana
Diretor do International Observatory Cardinal Van Thuân for the social Doctrine of the Church

Recentemente, foi lançado no site do Observatório uma Nota com uma série de observações críticas referentes ao Lexicon dos Direitos Humanos, publicado pela Vita e Pensiero, a editora da Universidade Católica de Milão. Vários leitores de nosso site escreveram-me, bem como muitas outras pessoas, desde que o comunicado também foi divulgado no site de uma agência de notícias. Muitas das cartas manifestaram concordância com nossa manifestação, algumas foram críticas, e outras altamente críticas. Emergiu, sobretudo nestas duas últimas categorias de cartas, a ideia de que é uma coisa boa se um centro de pesquisa acadêmica como a Universidade Católica não limite suas publicações somente para textos 'orientados'; outros alegaram que ali reside o elemento positivo experienciado por aqueles que lá estudam, sendo que a pluralidade e o fato de não serem expostos a uma cultura puramente 'orientada' tornam-os capazes de contar com a natureza científica do conhecimento. Comentários como esse sobre nossa Nota confirmaram minha ideia do que pode muito bem ser um mal-entendido fundamental por trás da publicação do Lexicon. Esse é o porquê de eu tomar a liberdade de voltar a esta questão com algumas breves entradas para iniciar a 'bombástica' discussão.

Será que a perspectiva de que a fé cristã 'orienta' a ciência, no sentido de impor uma inclinação 'tendenciosa' sobre ela, ou, então, que ajuda a esclarecê-la, constitui um estímulo para a própria razão tornar sua própria racionalidade cada vez mais clara? O conhecimento ganha vida em si mesmo e, em seguida, recebe a adição da fé cristã que o 'orienta' a partir de uma posição partidária, ou, a fim de ser ele mesmo, o conhecimento deve estar aberto à luz que vem da fé cristã? São as ciências tratando com o homem autonomamente completo ou elas necessitam da antropologia revelada pela Revelação Cristã, o que, portanto, não seria uma espécie de 'orientação tendenciosa', mas sim uma condição para as ciências humanas poderem realmente ser elas mesmas?

O que os alunos e professores da Universidade Católica pensam sobre tudo isto? A fé cristã é algo possivelmente adicionado ao conhecimento 'depois', 'orientando-o' em um sentido cristão, ou ela surge desde o início do conhecimento, de modo que pode reivindicar ser o verdadeiro conhecimento? A Universidade Católica foi fundada para expressar a 'opinião' cristã, talvez em conjunto com outras opiniões, depois de o conhecimento vir a ser tudo por conta própria, ou deve fazer ver a luz do dia sobre o fundamento de que a fé cristã poderia animar o conhecimento? Para parafrasear a Caritas in veritate, o Cristianismo é necessário e não apenas útil para o conhecimento. Não é uma questão de colocar um selo de aprovação Católica sobre o conhecimento, que vem a partir de fora e antes da fé. Na verdade, a fé, de nenhum modo, limita ou elimina essa autonomia, na medida em que sua função consiste em induzir a razão a mergulhar ainda mais fundo em si mesma e colocar para fora o melhor que possui. Minha humilde opinião é que tais considerações provocam um impacto que é percebido no próprio sentido da existência da Universidade Católica.

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