Equipes de resgate usando pás e até as mãos procuram neste domingo, 11, por mais corpos sob toneladas de lama e escombros no norte das Filipinas enquanto autoridades contam os custos na produção agrícola e propriedades devido à ocorrência de dois tufões em 14 dias.
Quase 200 pessoas morreram e mais de 107,5 bilhões de dólares em colheitas e infraestrutura foram perdidos após uma semana com fortes chuvas devido ao tufão Parma, afirmou o tenente-coronel Ernesto Torres, porta-voz da agência nacional de desastres.
"Estamos tentando retirar mais corpos debaixo de casas desmoronadas soterradas pela lama," afirmou Torres, acrescentando que as equipes de resgate estavam usando apenas pás e mãos para evitar outros deslizamentos.
"Dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas. Temos equipamentos pesados lá, mas nosso pessoal está muito cauteloso porque também estão em risco. Perdemos três homens que foram soterrados enquanto tentavam resgatar alguns corpos na cidade de La Trinidad".
Torres afirmou que soldados também estão trabalhando para liberar as estradas de acesso a províncias agrícolas e mineradores na região montanhosa, devido às preocupações com a falta de comida e combustível.
"Até agora, alimentos e materiais de assistência só podem ser entregues por helicópteros, pois demoraria de dois a cinco dias para liberar estradas e pontes atingidas por enchentes e deslizamentos de terra," acrescentou.
Além de causar deslizamentos nas montanhas, as chuvas aumentaram o nível de rios e reservatórios, obrigando represas usadas para a criação de energia hidroelétrica e irrigação a liberar água e causar inundações em áreas mais baixas.
O Parma chegou às Filipinas no dia 3 de outubro e esteve sobre a região de Luzon durante toda a semana. Desde estão, ele enfraqueceu e passou a ser uma depressão tropical, indo para o mar.
As enchentes e deslizamentos ocorreram duas semanas depois de outra tempestade, a Ketsana, ter inundado regiões dentro e nas redondezas da capital Manila, matando pelo menos 337 pessoas e forçando meio milhão a deixarem suas casas.
O dano total das duas tempestades na produção de arroz, principal produto do país, está estimado em 478.000 toneladas, equivalente a 7 por cento do previsto para o quarto trimestre, afirmou Jesus Emmanuel Paras, subsecretário de operações da agricultura.
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