O Brasil celebra nesta sexta-feira, 25, o Dia do Rádio, na data do nascimento de Roquete Pinto, o "Pai do Rádio Brasileiro". Foi ele quem fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, no ano de 1923.
Mas a história do rádio brasileiro passa obrigatóriamente pela Rádio Nacional. Há quase sete décadas, a emissora surgiu com inovações que entraram para a história. Nessa reportagem, você acompanha a emoção de duas cantoras que voltaram aos estúdios que as consagraram como rainhas do rádio.
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Poucas pessoas pelo país saberiam dizer quem são Carmélia Alves e Ademilde Fonseca. Mas nas décadas de 40 e 50, elas estavam o auge da fama. Eram tidas como rainhas.
Toda fama foi conquistada nos estúdios da Rádio Nacional, onde pouca coisa mudou com tempo.
Carmélia ganhou o título de rainha do Baião, do próprio Luiz Gonzaga. E Ademilde se tornou a rainha do choro. Até então, a letra de Zequinha de Almeida era tocada somente por instrumentos.
Em 1940, os programas eram exibidos em auditórios e os artistas da época fascinavam o imaginário popular.
Se fazer ouvir era mesmo uma questão de arte. Principalmente, quando a emissora levou ao ar as primeiras radionovelas. Recursos simples, como passos na calçada, na terra, campainhas residenciais, até mesmo instrumentos originais que imitam marcha de tropa, ou som de tiros geraram histórias engraçadas que marcaram época.
O advogado, Gerdal dos Santos, conta que começou a trabalhar na emissora ainda criança. Depois, se tornou radialista e ator de radionovela.
Na época, o edifício mais alto da América Latina exigiu a destreza do eletricista, Djalma de Castro, na reinstalação elétrica da emissora. O trabalho era feito nos fins de semana. Mas depois de se casar ele
optou pelo trabalho fixo na emissora, de onde nunca mais saiu.
O tempo passou, as músicas mudaram de ritmo… Mas nos corredores, os ecos do passado ainda soam, trazem de volta recordações de um tempo que ficará marcado para sempre no coração de rainhas e súditos.
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