No próximo dia 3 de novembro a Comunidade Canção Nova vai receber seu Reconhecimento Pontifício em Roma, no Vaticano. A partir de então será considerada, pela Santa Sé, uma "Associação de fiéis Internacional de Direito Pontifício". A Comunidade, que já era reconhecida a nível diocesano desde 1995, pela Diocese de Lorena, passa a ser reconhecida a nível mundial.
O fundador da Comunidade, Monsenhor Jonas Abib, explica que a Canção Nova, não existe para servir apenas o Brasil, mas ao mundo. "A Igreja reconhece que nós chegamos numa maturidade tal, que podemos ir e ser Igreja, falar pela Igreja, agir pela Igreja, em qualquer parte do mundo, são as portas abertas, é um tempo novo".
O Reconhecimento Pontifício tem alguns requisitos, sendo a internacionalização o mais importante. Este critério não supõe somente que os membros de uma entidade sejam atuantes em várias partes do mundo, mas também, que o carisma deles envolva as pessoas de cada país. Monsenhor Jonas aponta que isso já acontece com a Canção Nova. "Em cada lugar onde fomos, não somente exercíamos ali um trabalho, mas havia uma atração das pessoas, que vendo o nosso modo de vida queriam viver do nosso jeito."
Países como Itália, Portugal, França, Terra Santa e EUA, já contam com a presença da Comunidade.
Para Tarciana Matos Barreto, membro da Comunidade e advogada, que acompanhou o fundador no processo de Reconhecimento, esse passo é um voto de confiança do Vaticano . "É a Santa Sé, é o Papa, legitimando esta obra de evangelização".
Em 2005, a Canção Nova iniciou o longo processo para uma obra ser reconhecida pela Igreja. Primeiro, refez os Estatutos da Comunidade com a ajuda de um canonista e o apresentou para o Pontifício Conselho para os Leigos, em Roma. Em seguida, o Estatuto foi enviado para a Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, onde passou por outra análise. Depois, voltou para o Pontifício Conselho para os Leigos, de onde se seguiram os preparativos para a aprovação. “São dois exames muito severos e minuciosos", conta monsenhor Jonas.
As novas comunidades, como a Canção Nova, são uma realidade em expansão na Igreja, e à medida que vão crescendo, têm necessidade de ter normas, o conjunto delas, são os Estatutos. Para Tarciana, é um processo parecido com o que aconteceu com a Igreja de forma geral, ela explica: "Tivemos os primeiros cristãos vivendo na comunidade primtiva e à medida em que a comunidade foi crescendo, se espalhando pelo mundo foi necessário ter uma organização, daí surgiram as igrejas particulares, com seus bispos, os diáconos e tantas outras expressões. Isso foi regularizado em normas canônicas".
A Canção Nova é a segunda comunidade católica brasileira, a ter seus Estatutos aprovados pela Santa Sé. A primeira, foi a comunidade Shalom, em março de 2007, fundada por Moysés Azevedo.
Meios de Comunicação
Dentre as novas comunidades a Serviço da Igreja, o diferencial da Canção Nova é a evangelização pelos meios de Comunicação Social. O Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Evangelli Nutiandi, no ano de 1975, já indicava esses meios, como eficazes para a evangelização contemporânea. Pe Wagner Ferreira, membro da comunidade destaca: "A Canção Nova nasceu do Evangelli Nutiandi, dessa motivação do Papa, para que todos batizados, pudessem participar da atividade evangelizadora da Igreja, mas de um modo particular através dos meios de comunicação".
O Sistema Canção Nova de Comunicação vai transmitir a Cerimônia de Reconhecimento.
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