Bento XVI recebeu esta manhã, na Sala Clementina, no Vaticano, os peregrinos greco-melquitas católicos do patriarcado da Síria, que fazem parte da comitiva da Sua Beatitude Gregorius III Lahan.
A eparquia greco-melquita do Brasil, também esteve representada pelo aquimandrita Pe. Theodoro A. C. de Oliveira, fundador do Mosteiro dos Filhos Misericordiosos da Cruz, de Votorantim (SP), na comitiva patriarcal.
No discurso que pronunciou, o Santo Padre agradeceu a visita, "expressão da vitalidade da Igreja melquita", apesar da diáspora e das suas dificuldades sociais e políticas.
Depois, expressando seu apreço pelo dinamismo evangélico das comunidades melquitas e sua unidade com a Igreja de Roma, Bento XVI reconheceu o trabalho ecumênico, que se manifesta, sobretudo, através das Igrejas patriarcais e do Santo Sínodo dos Bispos.
Retomando a temática da unidade de todos os discípulos de Cristo, de modo especial num contexto de convivência pacífica com outras confissões religiosas, o Papa disse: "Devemos fazer todo o possível para abater os muros de divisão e de desconfiança. No entanto, não devemos esquecer que a busca da unidade não é fruto da atividade humana, mas, em primeiro lugar, dom do Espírito Santo. Trata-se de uma tarefa que cabe a toda a Igreja, no respeito da sua própria natureza".
Assim, o pontífice exortou os presentes a rezarem a fim de que o Espírito, que celebraremos no próximo domingo de Pentecostes, nos ajude a buscar, juntos, a unidade da Igreja de Jesus.
O Papa se despediu dos católicos melquitas sírios exortando-os a manter boas relações com os irmãos de outras religiões, de modo particular com os ortodoxos e os muçulmanos, para que possam resolver seus problemas internos em espírito de diálogo fraterno, sincero e objetivo. "Juntos, promovam e defendam a justiça social e os valores morais, a paz e a liberdade pelo bem de todos."