O Dia da Terra é recordado hoje, 22, com iniciativas em 174 países destinados a chamar a atenção para a importância da preservação do meio ambiente.
Criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição, o Dia da Terra passou a ser celebrado por outros países a partir de 1990.
Para o secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP), Dom Giampaolo Crepaldi, o tema coloca-se em perspectivas ético-culturais "muito diversas", que influenciam de forma decisiva "escolhas políticas e econômicas".
O Vaticano e o próprio Papa têm tido várias intervenções em favor de uma "economia verde" e do respeito pelo meio ambiente, traduzidas em gestos práticos como a utilização de painéis solares no Vaticano e o apoio a um projeto de reflorestamento, na Hungria, para compensar as emissões de dióxido de carbono.
Na sua passagem pela sede da ONU, Bento XVI não esqueceu o tema, pedindo ação internacional para a preservação do ambiente e a proteção das várias formas de vida sobre a terra, não apenas para "a garantia de um uso racional da tecnologia e da ciência", mas também para "redescobrir uma autêntica imagem da criação".
O recente Compêndio da Doutrina Social da Igreja apresenta uma série de números dedicados a este tema. No ponto 481 pode ler-se que "os atuais problemas ecológicos, de caráter planetário, apenas podem ser eficazmente enfrentados através de uma cooperação internacional capaz de garantir uma maior coordenação do uso dos recursos da terra".
Mais à frente, é referido que "os graves problemas ecológicos exigem uma efetiva mudança de mentalidade que induza a adotar novos estilos de vida".